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Postado às 09h45 | 12 Mar 2018 | Redação Gestantes de todo país devem atualizar caderneta de vacinação

Crédito da foto: Nucom/SVS Juliana Didone é madrinha da campanha da SBIm em parceria com o Ministério da Saúde

Em parceria com o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e as Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP) e Infectologia (SBI) lançaram na última quinta-feira (9), no Rio de Janeiro, campanha de vacinação focada nas gestantes. O objetivo é sensibilizar as mulheres para a importância de se proteger contra doenças durante a gestação e seus recém-nascidos. Dados do Ministério da Saúde apontam queda na cobertura vacinal de diversas vacinas neste público em 2017. A adesão à vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche), por exemplo, exclusiva para gestantes, foi de 38,5%, em 2017, enquanto a meta era atingir 95% do público-alvo. Esta vacina é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) há três anos.

Com o mote: “Calendário de vacinação da gestante: um sucesso de proteção para mãe e filho”, a campanha circulará até o dia 8 de junho e foi idealizada com o objetivo de melhorar a cobertura vacinal entre as futuras mães. O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferta quatro vacinas para gestantes: dTpa (difteria, tétano e coqueluche); dT (difteria e tétano); hepatite B; e influenza, esta última ofertada durante campanhas anuais.

Outras vacinas para gestantes com coberturas abaixo do esperado são a dT (difteria e tétano), que imunizou 59% das mulheres em idade fértil de 2013 a 2017; a Hepatite B, com 56% das mulheres protegidas em 2017; e a influenza, com 79% das gestantes vacinadas na campanha do ano passado. As vacinas para gestantes são seguras e não causam problemas à saúde das mamães porque são de vírus inativado. Em determinadas situações epidemiológicas, vacinas de vírus vivo atenuado podem ser prescritas. É o caso da febre amarela, indicada para as gestantes de cidades onde há circulação do vírus com casos confirmados da doença. Nesses casos, a avaliação é individual, de acordo com o estado de saúde de cada paciente, e o profissional de saúde responsável pelo pré-natal da gestante deve orientar.

Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a baixa adesão das gestantes às vacinas é um risco para a saúde das mães e bebês. “Durante a gestação as mães e os bebês estão suscetíveis a doenças que podem ser evitadas com a adesão à vacinação. A infecção de doenças como tétano, coqueluche, hepatite B, difteria e influenza na gestação pode ocasionar problemas graves de saúde nas mães e bebês e até levar a óbito. É importante que as futuras mães procurem as unidades de saúde e se protejam”, destacou Carla Domingues.

Além de zelar pela própria saúde, a gestante transfere os anticorpos obtidos com a vacinação — primeiramente por meio da placenta e, depois, pelo leite materno. Essa proteção é fundamental nos primeiros meses de vida da criança já que o sistema imunológico ainda está se desenvolvendo e fortalecendo. “Aproximadamente 11% dos nascidos no Brasil são prematuros, grupo extremamente suscetível a infecções, em especial às respiratórias. Vacinar a gestante pode reduzir a prematuridade, evitando que as crianças tenham baixo peso aos nascer”, explicou a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.

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