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Postado às 11h15 | 16 Out 2018 | Redação Morre Gil Gomes, o jornalista que marcou a crônica policial brasileira

Crédito da foto: Agilberto Lima/Estadão Conteúdo Gil Gomes em 2002

Do G1 – SP

O jornalista e radialista Gil Gomes morreu na madrugada desta terça-feira (16) em São Paulo, informou a assessoria do Hospital São Paulo. Famoso na crônica policial, ele tinha 78 anos.

Na noite de segunda, o jornalista passou mal em sua casa, no bairro Jardim da Saúde, Zona Sul da capital. Ele foi socorrido por equipe do Samu e levado para o pronto-socorro do Hospital São Paulo.

A morte foi confirmada nesta madrugada. Ainda de acordo com a assessoria do centro médico, ele morreu em decorrência de um câncer.

Cândido Gil Gomes Jr. nasceu em São Paulo, em 1940. Dono de uma voz potente, começou a carreira jornalística aos 18 anos, em uma rádio, como locutor esportivo. Na época, não pensava em cobrir crimes. "Polícia sempre me cheirara a coisa de mundo cão", disse em entrevista à "Folha de S.Paulo" em 2008.

A entrada no "mundo cão" ocorreu em 1968, na Rádio Marconi. Lá, deixou a crônica esportiva para cobrir reportagens de temas variados. Se destacou ao cobrir, ao vivo, um caso de agressão sexual ocorrido no prédio onde trabalhava.

A partir daí, aprimorou a narrativa que o marcou na crônica policial brasileira.

Nos anos 90 integrou a equipe do popular “Aqui Agora”, do SBT. Manteve no vídeo a entonação de suspense que criou no rádio, acrescentando ao estilo um gesto circular que fazia com a mão e camisas com estampas coloridas. Depois do “Aqui Agora”, trabalhou em outras emissoras.

Gil Gomes ficou afastado da TV por mais de 10 anos devido a problemas de saúde relacionados ao Mal de Parkinson, doença diagnosticada em 2005. Em 2016, aos 76 anos, foi convidado a participar com comentários em um programa de TV patrocinado por uma rede de farmácias.

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