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Postado às 18h45 | 12 Dez 2018 | João de Deus Ministério Público de Goiás pede a prisão do médium João de Deus, acusado de abuso sexual

A força-tarefa do Ministério Público que investiga as denúncias de abuso sexual cometidas pelo médium João de Deus pediu a prisão do religioso. O pedido foi protocolado no fórum de Abadiânia. Nesta quarta-feira, João Deus disse que está à disposição

Crédito da foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil O médium goiano João Teixeira de Faria, João de Deus,

A notícia foi dada em primeira mão pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo:

A força-tarefa do Ministério Público de Goiás que investiga as denúncias de abuso sexual cometidas pelo médium João de Deus pediu há poucos minutos a prisão do religioso. O pedido foi protocolado no fórum de Abadiânia.

O processo irá correr em segredo de Justiça.

Nesta quarta-feira 12), o médium goiano João Teixeira de Faria, João de Deus, fez a primeira aparição depois que surgiram as denúncias contra ele. Disse que está à disposição da Justiça brasileira.

Ele compareceu à Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), onde realiza consultas e aconselhamentos espirituais, além das chamadas cirurgias espirituais há 42 anos.

"Irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Quero cumprir a lei brasileira. Estou nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo", declarou o médium.

Foi a primeira aparição pública de João de Deus desde que vieram a público as denúncias de que ele teria abusado sexualmente de frequentadoras do centro espírita. Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO), até ontem, 206 mulheres já tinham procurado atendimento alegando serem vítimas do médium.

A chegada do médium à Casa Dom Inácio foi marcada por uma confusão entre jornalistas que tentavam se aproximar e frequentadores e funcionários do centro que tentavam afastá-lo dos profissionais de imprensa. Segundo assessores da casa, João de Deus sentiu-se mal logo após o tumulto e, sem condições de atender às centenas de pessoas que o aguardavam, deixou o local poucos minutos depois.

De acordo com a assessora de imprensa da Casa Dom Inácio, Edna Gomes, João de Deus tem conversado pouco e garante ser inocente. "As denúncias realmente são gravíssimas e têm que ser apuradas. O seu João está à disposição da Justiça para que a verdade seja descoberta", disse a assessora, evitando entrar em detalhes sobre o teor das denúncias e sobre a estratégia que será adotada pela defesa do médium.

A previsão inicial é que o médium volte ao centro espírita amanhã, caso seu estado de saúde permita. "Enquanto puder, o seu João vai continuar o trabalho dele. E se a Justiça achar que ele não deve, ele também está aberto a ajudar para que as coisas sejam apuradas".

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