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Postado às 17h30 | 15 Dez 2018 | Redação Polícia Civil já fez buscas por João de Deus em mais de 30 endereços

Crédito da foto: Reprodução/site Casa de Dom Inácio Justiça decretou a prisão preventiva de João de Deus após denúncias de abuso sexual

Do G1 – RJ

A Polícia Civil já realizou buscas para tentar prender João de Deus em mais de 30 endereços, segundo fontes da Polícia Civil de Goiás. Ele é procurado desde sexta-feira (16), quando um juiz expediu um mandado de prisão após mais de 300 mulheres relatarem terem sido abusadas sexualmente pelo médium. Ele nega.

Fontes com acesso à investigação dizem que ele pode ter saído do país. Mas a promotora responsável pelo caso, Gabriella de Queiroz Clementino, afirma que não há "nada concreto" sobre isso.

"Não temos nada concreto em relação a ele ter saído do país. É só um receio. Não temos informação a respeito disso", afirmou Gabriella neste sábado.

O G1 tenta, desde às 7h30 deste domingo (16), falar com o advogado de João de Deus, Alberto Toron, tanto por telefone como via mensagem de texto. No entanto, não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

A defesa e a polícia afirmam que estão negociando a apresentação voluntária de João de Deus às autoridades. O Ministério Público de Goiás considera o médium foragido, mas a Secretaria de Segurança Pública de Goiás discorda, pois a ordem de prisão não estabeleceu prazo para que se entregasse.

A prisão determinada pela Justiça é preventiva. Não significa que o médium já tenha sido julgado.

O MP diz que João de Deus pode ter tentado ocultar patrimônio, e que isso levou o órgão a acelerar o pedido de prisão do líder religioso. Segundo o jornal "O Globo", as investigações apontam que o líder religioso retirou R$ 35 milhões de contas e aplicações financeiras desde que as primeiras denúncias de abuso vieram à tona.

“A gente já tem informações de que há providências do investigado buscando ocultar patrimônio. Este fato está sendo apurado e todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas pelo MP-GO”, disse a promotora Gabriella de Queiroz Clementino.

“Claro que esta notícia de ocultação e patrimônio reforça ainda mais os fundamentos da prisão”, afirmou.

Sobre a questão, o advogado do médium disse que desconhece qualquer retirada de dinheiro. "Isso é da economia dele. Eu não tenho a menor informação a respeito disso. Nunca perguntei e nunca fui informado", afirmou.

A força-tarefa do Ministério Público divulgou que já recebeu 335 mensagens e contatos por telefones de mulheres que denunciam o médium por abuso sexual. Os relatos chegaram de pessoas de seis países diferentes, além de 13 estados do Brasil e o Distrito Federal.

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