Em despacho publicado nesta terça-feira (18), o juiz federal Sérgio Moro responde aos embargos de declaração da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os defensores pedem explicações sobre o que embasou a condenação proferida pelo juiz da Lava Jato.
Lula foi condenado a nove anos e meio de cadeia, pelos crimes de carrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Moro negou que tenha havido "omissão, obscuridade ou contradição" na sentença condenatória. " A corrupção perfectibilizou-se com o abatimento do preço do apartamento e do custo de reformas da conta geral de propinas, não sendo necessário para tanto a transferência da titularidade formal do imóvel", indicou Moro.
O juiz explicou porque não acatou o pedido de defesa de fazer uma perícia para rastrear a origem dos recursos para comprar e a reforma do tríplex, afirmando que não havia correlação.
"Nem a corrupção nem a lavagem exigem ou exigiriam que os valores pagos ou ocultados fossem originários especificamente dos contratos da Petrobras", disse.
Moro reafirmou que a reforma do tríplex é a prova da corrupção de Lula e compara o caso ao do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RN), preso da Lava Jato em Curitiba (PR).
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.