Quarta-Feira, 24 de abril de 2024

Postado às 11h00 | 01 Ago 2017 | Jovem mossoronse faz campanha para custear Doutorado em Oxford

O estudante mossoroense Homero Barrocas Soares Emeraldo teve projeto de Doutorado em Neurociências aprovado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Uma vitória pessoal e um avanço em suas estudos, porém, ele enfrenta uma carreira: o alto custo de fazer doutorado fora do País.

Como não tem as condições financeiras para bancar as despesas na Inglaterra, o jovem estudante, formado em Engenharia da Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São Paulo, teve a ideia de lançar uma campanha para angariar recursos.

A “Vaquinha” para o doutorado, dentro do projeto “Mais Educação”, visa atrair o interesse do público a colaborar com a sua formação profissional, doando qualquer quantia para as suas despesas na Inglaterra.

As pessoas podem conhecer e participar da campanha acessando o site (https://www.vakinha.com.br/vaquinha/doutorado-em-neurociencias-homero) onde tem todas as informações necessárias. Romero espera levantar R$ 50 mil para iniciar o Doutorado em Oxford. A meta é suficiente para cobrir os custos de vida de um ano. Até amanhã desta terça-feira (1º) ele havia arrecadado cerca de R$ 28 mil.

Em contrapartida, o jovem estudante garante que devolverá o todo dinheiro arrecadado, quando ele concluir os estudos e chegar ao mercado de trabalho. “Eu me comprometo a devolver todo o valor recebido investindo em outros estudantes no futuro”, afirma em sua apresentação.

“No site de Oxford pode-se ver o valor da taxa anual de £22.356 (aproximadamente R$ 95.000), referente ao custo da Universidade e o valor do custo de vida é, no mínimo, £12.028 por ano (aproximadamente R$ 50.000 reais). Por ano, isso totaliza R$ 145.000, e ao longo dos três anos do curso, R$ 435.000.

“Vou utilizar tudo o que tenho de economias para iniciar o curso e trabalharei como assistente de pesquisa e ensino para ter uma renda por lá. Continuo tentando conseguir bolsas para cobrir pelo menos parcialmente os valores necessários” escreveu Homero ao defato.com.

Homero Barrocas afirma que depois de finalizado o doutorado vai devolver todo o dinheiro investido para outros estudantes que precisem de ajuda financeira para viabilizar seus estudos.

Segundo ele, durante o período do Doutorado, que dura entre três e quatro anos, vai estudar os sistemas de aprendizado que temos no cérebro. No projeto, o estudante vai trabalhar para descobrir o que acontece com os neurônios e suas conexões entre si para possibilitar essa ação em conjunto das áreas cerebrais.

Ainda de acordo com o estudante, um conhecimento como esse é essencial para criar tratamentos eficazes para distúrbios de aprendizado. Além disso, entendendo melhor como o cérebro realiza o aprendizado, podemos criar estratégias de aprendizado mais eficientes que as que utilizamos na educação de hoje.

Tags:

voltar

AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

COTAÇÃO