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Postado às 03h15 | 15 Out 2017 | Auriculoterapia

Crédito da foto: Reprodução Qualidade de vida e bem estar através da Auriculoterapia

(*) Lady Kelly Farias da Silva

Quando falamos de câncer infantojuvenil, mesmo com os constantes avanços, tratamos de um assunto muito delicado, extremamente temido e que está sempre associado à morte, não somente pelo aspecto emocional que envolve os pacientes e toda a família, mas pela forma como é encarado, pela falta de informação que ainda implica esse tema, mas também por ser considerada uma doença crônica e que ainda exprime muitos sentimentos como o medo, o desconhecido, a dor e o sofrimento.

A partir do diagnóstico, o enfrentamento e o tratamento da doença se configurarão. A literatura aponta que este primeiro momento é muito marcante para todos os envolvidos (pacientes e familiares), pelo fato do tratamento abranger grandes mudanças no estilo de vida das crianças e adolescentes.

Os cuidadores não ficam imunes a algumas transformações, pois também vivenciam prolongados períodos de internação, precisam passar por extensos momentos dentro de hospitais, se distanciam do convívio familiar, passam a se privar da sociabilidade cotidiana e até a apresentar dificuldades para gerenciar as obrigações e compromissos que assumem, especialmente relacionados ao trabalho.

A vida conjugal também se transforma, ficando difícil até conciliar o cuidado aos outros filhos e a atenção à criança doente, o que acarreta em desgastes em vários aspectos, desde os físicos aos emocionais, por também vivenciarem todo esse processo com tamanho estresse e ansiedade. No enfrentamento do câncer, cada indivíduo possui a sua singularidade, mas as rupturas do cotidiano afetam a todos.

No ambiente hospitalar, a sensibilidade e o sofrimento se instalam de forma ainda mais intensa, segundo relatos dos próprios acompanhantes. É constatado pela literatura que durante a hospitalização o bem estar emocional dos pais influencia o da criança. O estado de sofrimento do filho pode comprometer a adesão ao tratamento, o que confirma a importância da família no processo de intervenção, contribuindo para o melhor incremento do método terapêutico, que consequentemente, favorece também o seu desenvolvimento biopsicossocial. (suprimi a última frase por achar redundante)

Nesse contexto, através de um olhar humanizado, surge a acupuntura auricular, um serviço oferecido aos acompanhantes das crianças que se encontram em tratamento oncológico, como terapia complementar, no intuito de minimizar alguns fatores que interferem diretamente na saúde dos mesmos, promovendo a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos nas situações de adoecimento, visto que podem apresentar determinado grau de vulnerabilidade, através de complicações de saúde como: enxaquecas, hipertensão, gastrite nervosa, transtornos de ansiedade, estresse, depressão, insônia, dores generalizadas, dentre outros.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu em 1990 o valor da Auriculoterapia, como uma prática eficaz para o diagnóstico e tratamento de diversas condições físicas e emocionais.

De acordo com a repercussão que obtemos através de relatos, evidenciamos que a acupuntura auricular oferecida aos acompanhantes contribui de forma positiva para que transcorram pela fase de tratamento da criança de uma forma mais saudável, com minimização das queixas trazidas durante este período e avanço significativo nos principais aspectos como, nos quadros de ansiedade, estresse e depressão, melhora na qualidade do sono, redução do cansaço físico e mental, buscando favorecer o bem estar e a qualidade de vida, através de um trabalho de acolhimento e humanização, considerando a historia de vida de cada família.

(*) Lady Kelly Farias da Silva é Terapeuta Ocupacional da Casa Durval Paiva

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Câncer infantojuvenil
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Auriculoterapia
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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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