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Postado às 10h15 | 20 Out 2017 | Marcinho VP, em Mossoró, diz que corrupção mata mais do que droga

Crédito da foto: Internet/reprodução Marcinho VP concendeu entrevista ao portal UOL no presídio federal de Mossoró

O tráfico de drogas não acaba porque financia as campanhas políticas no Brasil. A afirmação é feita por Márcio dos Santos Nepomuceno, o “Marcinho VP”, em entrevista exclusiva o portal de notícia UOL, gravada no presídio federal de Mossoró, onde está preso há mais de um ano.

Sem se esquivar de qualquer pergunta e falando abertamente, o bandido é direto e certeiro: “O tráfico é nocivo e funesto, mas a corrupção é o crime que mais mata no Brasil.”

De fato, os bilhões e bilhões de reais desviados dos esquemas criminosos, que engordam patrimônios dos políticos, de todos os partidos e matizes, são recursos que deixam de chegar na saúde pública, no social, na educação, na segurança. Por gravidade, as demandas públicas acabam fracassando, provocando o caos.

O traficante diz que o ex-governador Sérgio Cabral, preso e condenado na operação Lava Jato, é o líder da corrupção e que tinha ligação direta com o crime. “Ele é o cacique-mor da maior organização criminosa do Rio de Janeiro”, afirma.

Marcinho VP cumpre 48 anos de prisão por tráfico de drogas e morte de duas pessoas nos morros cariocas. Ele é apontado como o fundador do “Comando Vermelho”, facção criminosa que infernizou a vida no Rio de Janeiro por longos anos. A facção foi fundada em 1979. Ele nega. Marcinho foi preso em agosto de 1996, antes de completar 21 anos. Em duas décadas, conheceu vários presídios do País, com seguidas transferências.

Marcinho VP aceitou gravar entrevista com o UOL porque está lançando um livro neste sábado (20), obra redigida em coautoria com o jornalista Renato Homem. O livro tem o título: "Marcinho - Verdades e Posição: Direito Penal do Inimigo".

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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