Bombas de gás lacrimogênio, gritos, correria e muita revolta. Esse o cenário na sede da Secretaria do Planejamento do Estado do Rio Grande do Norte, no confronto da polícia e servidores em greve.
A polícia cumpriu a determinação dada pelo governador Robinson Faria (PSD), amparada por decisão judicial que acatou o pedido do governo de retirar os grevistas do prédio da Seplan.
Revolta geral.
O uso de força, que tomou o lugar do diálogo, repercutiu em todo o estado e fora de dele. Mais do que isso: alargou o fosso entre servidores e governo.
As consequências serão danosas, se não houve o bom sendo de lado a lado, que faltou até aqui.
Os professores da Universidade do Estado do RN (UERN) e os servidores da saúde estão em greve pelo simples direito do salário em dia. E o governo não paga porque não tem dinheiro.
A greve vai continuar e o governo também vai continuar atrasando salários. Não há previsão do fim do movimento, como não há previsão de pagamentos dos salários atrasados de outubro e dos meses de novembro, dezembro e o décimo terceiro.
A crise é aguda.
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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.