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Postado às 09h45 | 04 Mar 2018 | Luiz Roberto Barcelos: 'Meu nome está a disposição do RN'

Crédito da foto: Marcos Garcia Cafezinho com César Santos recebeu o empresário Luiz Roberto Barcelos na sede do JORNAL DE FATO

Luiz Roberto Barcelos fundou, em 1995, a Agrícola Famosa, entre os municípios de Mossoró e Icapuí (CE). Havia deixado o estado de São Paulo, depois de a empresa israelense Alba Comercial e Exportadora ter encerrado as suas atividades, por não ter suportado a desvalorização do dólar.

A Famosa, que ele criou com o sócio, Carlos Porro, experimentou o crescimento no início da década 2000 e logo se transformou na maior exportadora de frutas frescas no Brasil e na maior produtora de melão do mundo.

O título de “Rei do Melão” deu dinheiro e fama a Barcelos e agora ele se prepara para testar popularidade no espinhoso campo da política. Visto como provável candidato ao Senado da República pelo RN, Barcelos é parte do movimento da classe empresarial que está disposta a sair da zona de conforto para contribuir pela recuperação do estado e do país.

Barcelos se engajou no Brasil 200, movimento liderado pelo empresário Flávio Rocha, que será lançado em Mossoró nesta segunda-feira, 5. O discurso ganha força em uma das linhas que o movimento tentará construir: liberalismo da economia; conservadorismo dos costumes.

No final da manhã de sexta-feira, 2, Luiz Roberto Barcelos tomou o “Cafezinho com César Santos”, na sede do JORNAL DE FATO, acompanhado do seu assessor Frederico Escóssia. Foi uma longa conversa sobre o Brasil 200, economia, política e a sua provável candidatura ao Senado Federal.

 

QUAL é a proposta do Brasil 200?

EM LINHAS gerais, o movimento pretende dar mais força ao liberalismo da economia. Hoje, os empresários, os empreendedores que geram toda a cadeia de impostos, têm se sentido oprimidos pelo tamanho que o Estado vem ocupando. O Estado vem crescendo cada vez mais, com mais regulamentação, mais legislação, e isso acaba tirando a competitividade, afetando a nossa capacidade de investimento. A proposta do Brasil 200 é dar mais asas ao liberalismo. Nós defendemos menos presença do Estado e deixar que a economia livre se regulamente por si só.

 

QUAIS são as estratégias do Brasil 200? O que de concreto está sendo feito?

ESTAMOS na fase de divulgação. O empresário Flávio Rocha, que é um dos líderes do movimento, juntamente com Sebastião Bonfim (fundador da Centauro), Geraldo Rufino (ex-catador de latas e hoje milionário), têm levado a mensagem do movimento para todo o Brasil. As linhas mestras do Brasil 200 são impostos mais justos, equilíbrio das contas públicas, tirar o Estado da letargia, acabar com a corrupção etc.. As propostas do movimento estão todas elencadas no site Brasil 200, onde o cidadão pode conhecer melhor o seu conteúdo e acompanhar o nosso movimento.

 

A PRINCIPAL proposta do movimento é tirar do Estado a figura de protagonista ee rforçar a do Estado servidor. O povo passaria a ocupar a condição de protagonista. Como é possível chegar a esse objetivo?

O ESTADO é quase uma monarquia absolutista no Brasil. Você tem na política uma sucessão de pai para filho como regra; um feudo de dominância e existem privilégios que foram criados dentro do Estado que a população de modo geral não tem. Tenho dito que a gente precisa de reformas para o Estado ficar mais leve e as pessoas criticam dizendo que isso está tirando direitos. Acho importante delimitar o que é direito e o que são privilégios. Eu acho que tirar direitos é uma coisa mais complicada e essa não é a nossa linha de raciocínio. É preciso tirar privilégios.

 

QUAL é o fundamento disso?

PRIMEIRO, você delimita o que é privilégio e o que é direito. A Constituição diz que todo mundo é igual perante a lei, então isso é direito. Não se discute. A partir do momento que uma classe começar a ter um tratamento diferenciado de outro, isso começa a ser privilégio. O primeiro exemplo mais claro disso está no foro privilegiado, que o próprio nome já diz. Quando você dá a um político o foro privilegiado, a coisa torna-se absurda. A nossa Constituição, ela é pós-regime militar. Naquela época você tinha a ideia de preservar os políticos para eles exercerem mandatos da forma livre e independente, mas esse privilégio devia ser estritamente ligado ao exercício do parlamento ou da profissão política. Crime comum não tem a menor justificativa moral ou ética de você criar um privilégio para o político.

 

MAS o senhor não concorda que existem privilégios em outras esferas e que essa distorção não beneficia apenas os políticos?

A APOSENTADORIA é outro exemplo disso. Nos Poderes, como Executivo, Legislativo, Judiciário, as pessoas se aposentam com tempo bem menor do que o cidadão comum, então isso é um privilégio. E o valor da aposentadoria também não é uma regra justa para todos. Quando começa a oferecer muitos privilégios, os problemas se agravam, porque incha o Estado e esvazia os recursos para atender aquele cidadão que, além de ser penalizado por não ser privilegiado, ainda fica sem os serviços essenciais, os serviços básicos que o Estado deveria oferecer, como saúde, educação, segurança, infraestrutura.

 

CERTO, mas como fazer isso?

O PROCESSO de retirada de privilégios tem que começar. É preciso se estabelecer o seguinte: o servidor está lá para servir à população; ele não está lá para ser servido. Temos que mudar essa chave. Hoje, a impressão que a gente tem é que alguém que tenha um mandato, tem um cargo público, concursado ou não, está lá para ser servido pelo Estado, quando deveria ser contrário. Isso vem ocorrendo ao longo tempo, deixando o Estado mais pesado, mais caro, e a conta acaba vindo para o bolso do cidadão, com aumento de impostos, do custo de vida etc.. Os gestores públicos usam a forma de aumentar a carga tributária para arrecadar mais, ao invés de diminuir gastos para equilibrar as contas. E quando eles fazem isso, tiram o dinheiro da economia. Hoje, a carga tributária no país é de quase 40%, uma das mais altas do mundo e, talvez, a mais perversa quando você faz o custo-benefício. Uma pessoa que ganha 1 mil reais paga quase 400 reais de impostos, sobrando apenas 600 reais para consumir. Esse consumo é que faz girar a economia. Então, quando você afeta o consumo, penaliza investimento.

 

O BRASIL 200 defende um projeto que combine o liberalismo na economia com o conservadorismo nos costumes, como por exemplo a proteção dos valores cristãos. Esse discurso não torna o movimento conservador demais?

O MOVIMENTO Brasil 200 é conservador e bem claro em suas linhas mestras: liberal na economia, conservador nos costumes. Defendemos, sim, os valores morais, éticos e de costumes. A religião é a base da sociedade para esses valores. E é um contraponto a outro. Alguns movimentos vêm deteriorando esses valores. Eu, pessoalmente, sempre gostei e defendi o equilíbrio, ou seja, a gente tem que se modernizar, se adaptar às novas realidades, mas sem perder os valores morais.

 

CITE exemplo, por favor...

O HOMOSSEXUALISMO é uma minoria que realmente foi muito massacrada. Então, temos que ter legislação que proteja essas pessoas. O que eu sou contra é a promoção disso. Você não pode promover, mas sim buscar o bom senso, o equilíbrio. Veja: está liberado o casamento de homossexuais; ok, muito bom; todos têm esses direito. Mas, um prefeito vai ao casamento de homossexuais porque é uma coisa diferente; vai tentar se promover com aquele evento; mas também teve um casamento que não é de homossexuais, mas o prefeito não prestigiou porque não oferece a promoção pessoal. O que eu quero dizer: quando começa a distorcer essa realidade, torna-se um problema, como acontece hoje.

 

ESSE discurso é bem próximo do que pensa o presidenciável Jair Bolsonaro, que ganhou fama por suas posições radicais. Isso significa que o movimento Brasil 200 se identifica com Bolsonaro?

EU CONCORDO que sim. Esse é um discurso de defesa dos costumes, da tradição, de valores cristãos, que se aproxima do que pensa e defende Bolsonaro. Essa é uma das bandeiras. Não é a única bandeira. Existem outras. Tem a questão da segurança, ou a falta de segurança, que é um problema grave que a população vive. Jair Bolsonaro é muito firme em suas posições e ele está muito ligado a esse debate. O movimento Brasil 200 tem prioridades principalmente em relação à economia, em se estabelecer o liberalismo que é defendido por nós.

 

O BRASIL 200 apoiaria a candidatura de Bolsonaro à Presidência?

NÓS temos algumas dúvidas em relação a Jair Bolsonaro, principalmente na economia. Eu acho que normalmente as extremas, seja ela de esquerda ou de direita, não são liberais na economia. Elas são intervencionistas. Veja só: no Brasil se fala muito dos militares como tendo sido um governo de direita, totalitário, mas a verdade é que era um governo totalmente estatizante. O discurso do Brasil 200 conflita com as posições das extremas, direita ou esquerda, porque entendemos que elas não são liberais. Quanto ao apoio a Jair Bolsonaro, o empresário Flávio Rocha respondeu a essa pergunta durante o lançamento do movimento em Natal e disse que o movimento está de acordo com o pensamento dele, mas discorda de algumas posições, como a contrária às privatizações. No dia seguinte, chegou a informação de pessoas ligadas a Bolsonaro que ele é a favor das privatizações; o que ele não concorda é privatizar sem realizar todos os estudos.

 

FLÁVIO Rocha, em entrevista recente, disse que não será candidato nas eleições deste ano, mas que o movimento Brasil 200 terá participação decisiva na sucessão presidencial. Qual o nome dos que estão aí se identifica mais com as ideias do Brasil 200?

PENSO que Flávio Rocha é um grande nome. Já foi constituinte, já foi candidato a presidente do Brasil. Ele tem dito que não será candidato, mas creio que ele tem uma inspiração a isso. Mas, tirando Flávio Rocha e olhando para dentro da classe política, difícil você encontrar alguém que tenha a visão alinhada com as ideias do nosso movimento. É possível encontrar um nome que venha da iniciativa privada, que seja liberal na essência e na vida para poder encampar essa bandeira. João Amoêdo (lançado candidato a presidente pelo Partido Novo) é um nome que se aproxima bastante da proposta do Brasil 200; me parece que ele é mais liberal na sua essência do que o próprio Flávio Rocha. João Amoêdo tem posições bem claras; não quer fazer coligações com partidos tradicionais, não quer usar fundo eleitoral; não aceita registro de político que tenha mandato; então eu acho que dentro dessa linha que propõe fazer um rompimento com a atual estrutura política e criar uma coisa bem mais leve e menos opressora, acho que Amoêdo representaria bem esse processo.

 

A CLASSE empresarial decidiu sair da zona de conforto. Chegou o momento de o setor produtivo do país assumir o papel de interlocutor da economia e política?

HÁ ALGUM tempo, empresários deixaram de ocupar um espaço na política que naturalmente seria da classe empresarial. Esse espaço acabou sendo ocupado por uma outra classe de pessoas que são muito mais ligadas à política, os chamados políticos profissionais que não tinham outra atividade ou fonte de renda. Isso explica muito a situação em que o Brasil se encontra. O que está acontecendo agora com a classe empresarial é que está saindo da moita, como diz Flávio Rocha. Chegou a hora de assumir uma posição para tirar o Brasil da crise. Eu não usaria a frase sair da zona de conforto. Me perguntaram isso uma vez, quando o meu nome surgiu com possibilidade de entrar para a política. Eu respondi assim: quem emprega nove mil pessoas, é o maior produtor de frutas do país e tem todos os desafios em tratar com câmbios, carga tributária, esfera trabalhista etc, não está em zona de conforto. Vamos dizer que estou numa zona conhecida, e sair para a política é como se eu estivesse entrando numa área pantanosa. Mas é um desafio importante e vamos enfrentar.

 

QUAL é a maior resistência que os empresários enfrentam para entrar na vida pública?

EXISTE por parte da sociedade, embora uma pequena parcela, o preconceito contra os empresários. Isso é uma questão ideológica que foi implantada pela esquerda brasileira, que acha que o empresário é o grande problema do Brasil. Na verdade, a gente sabe que em um país que tem a economia livre, que é o cado do Brasil, o empresário é aquele que gera os empregos, que distribui renda, o que gera os impostos, é a base de todo o Estado. Não é apenas uma empresa grande; é preciso ressaltar que nós temos prestadores de serviços, médicos, advogados, dentistas, o dono do supermercado, da bodega, o que vende o cachorro-quente na esquina, enfim, todos são empreendedores. O preconceito existe quando o empresário começa a crescer e passa a dominar um certo ramo de mercado; acho até que é dor de cotovelo. É um absurdo a cultura de achar que você ficar rico é pecado. Em qualquer país desenvolvido, é um motivo de orgulho ver um empresário crescendo, gerando emprego e renda, melhorando a vida das pessoas. Penso que é conceito que precisa mudar no Brasil. Precisamos, sim, combater as pessoas que enriqueceram ou que buscam enriquecer à base da corrupção, do crime. Isso, sim, é pecado. Agora, o empresário que sempre trabalhou, que sempre teve uma vida ética, sem envolvimento em qualquer ato ilícito, esse tem que assumir espaços na vida pública. Hoje, o Brasil está dominado pelos burocratas de Brasília, que legislam em causa própria, prejudicando o país e os brasileiros.

 

MAS, o governo Temer está comemorando que o país voltou aos trilhos do desenvolvimento, apontando o crescimento do PIB em 2017...

ESTÃO fazendo uma festa porque o Brasil cresceu 1%, uma comemoração sem tamanho. Mas, um país que tem o déficit público de 160 bilhões de reais por ano não tem o que comemorar, porque vive uma situação insustentável, não consegue voltar a crescer desse jeito.

 

ONDE o Rio Grande do Norte se insere no contexto do movimento Brasil 200? A classe empresarial vai entrar na sucessão estadual deste ano?

EU TENHO a impressão que essa é uma necessidade muito premente. A crise atinge o Brasil como um todo, o Rio Grande do Norte não é exceção. Temos crise econômica, crise política, crise moral. No nosso estado, esse quadro é mais evidente ainda. A crise se potencializou. Temos que fazer a lição de casa para começar a reverter isso. Em alguns estados vizinhos nossos, já fizeram isso ou estão fazendo e voltaram a crescer. O Rio Grande do Norte vai ficando para trás e, se não agir logo, ficará bem mais difícil para se recuperar.

 

O QUE pode tirar o Rio Grande do Norte dessa situação?

PRIMEIRO, tem que promover o equilíbrio fiscal; o Estado não pode continuar acumulando um déficit de 110 milhões de reais por mês ou 1,2 bilhão por ano. Isso é insustentável. Como é que equilibra isso? Por um lado, o governo tem que diminuir os seus gastos drasticamente. O governador Robinson Faria até tentou fazer isso, enviando um pacote fiscal para a Assembleia Legislativa, mas acabou não realizando porque não teve articulação política para isso. Ademais, o governador perdeu o tempo ideal para promover o ajuste fiscal. Era para ter feito no início de sua gestão, quando reunia as condições políticas e o ambiente ideal para adotar as medidas necessárias, que são amargas, impopulares, mas inevitáveis. Por outro lado, é preciso aumentar a arrecadação, gerar novas fontes de renda dentro do estado. É preciso atrair novas empresas para que os recursos sejam investidos aqui, gerando mais empregos, mais renda, mais crescimento. Veja bem: o empresário, quando vai fazer um investimento, escolhe o estado que esteja mais equilibrado, porque ele sabe que o retorno do capital dele é mais seguro. Hoje, o Rio Grande do Norte está ficando para trás, porque o empresário quando analisa investimentos no Nordeste faz opções por estados que estejam equilibrados. Onde podemos agir é exatamente sendo exemplo para outros empresários que venham investir aqui, trabalhando a atração de novos investimentos. O governo precisa criar condições para atrair esses empresários, porque o potencial existe no nosso estado, como turismo, minérios, agricultura, fruticultura, indústria salineira etc.. Nós temos um vasto campo de possibilidade de investimentos que precisa ser trabalhado.

 

O SENHOR surgiu como possível candidato nas eleições deste ano, provavelmente para o cargo de senador da República. O senhor será mesmo candidato?

EU NÃO sou político e ainda não tenho filiação partidária. A gente passa a vida inteira desenvolvendo a nossa atividade, que é a fruticultura, um setor que tem crescido muito, um lado do Rio Grande do Norte que tem dado certo. Nosso estado está liderando o ranking de exportação de frutas, um setor que gera muitos empregos e isso nos orgulha muito. Existe a possibilidade, diante da situação em que o estado e o país se encontram, de enfrentamos um novo desafio para oferecer a nossa contribuição. Uma possível candidatura minha surgiu da ideia de amigos, de vários segmentos, e que pode perfeitamente acontecer. Não é um projeto meu. Não se trata de vaidade, até porque me sinto muito orgulhoso de ter, juntamente com meus sócios, criado uma empresa que hoje é líder no país em exportação de frutas e referência mundial na produção de melão. Quero dizer que não temos mais idade para aventura. Então, se eu puder colaborar com o meu nome para a retomada do desenvolvimento do nosso estado, eu estou à disposição. Se meu nome não for viável e existirem outros nomes melhores do que o meu, vou trabalhar para ajudar a essa mudança no RN. Enfim, estou à disposição para o processo de reconstrução do estado.

 

O SENHOR defende uma chapa majoritária formada apenas por empresários ou está aberto para dividir palanque com nomes tradicionais da política?

O ESTADO de deterioração da política brasileira não aconteceu em uma única eleição; ele vem acontecendo ao longo dos tempos. Da mesma forma, acho que o processo de reversão disso também não acontecerá em uma única eleição. Por mais que os problemas existam, as estruturas que são montadas hoje para as eleições não permitem as condições de você ir para uma disputa isoladamente. Forma-se um palanque fazendo alianças, temos a devida consciência. Então, vamos dialogar dentro de um processo natural, mas sem abrir mão das nossas convicções e do que entendemos ser importante para devolver o Rio Grande do Norte aos trilhos do desenvolvimento. Eu defendo que a mudança tem que começar já, mas acho que, formando uma chapa que não tenha nenhum político, o risco de insucesso é muito grande. Temos que saber quem são as pessoas que estão do nosso lado, porque não podemos nos acompanhar de nomes que são a marca do quadro de crise que o estado vive hoje. Não sou radical para dizer que não tem político bom, até porque reconhecemos que existem bons políticos, que deram a sua contribuição em algum momento para o bem do Rio Grande do Norte e do país. Vamos ter a capacidade crítica na hora de definirmos as nossas companhias na política.

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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