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Postado às 14h15 | 22 Mai 2018 | Petistas 'travam' coligação proporcional com PC do B e PHS

Crédito da foto: Arquivo Deputado Carlos Augusto depende da coligação do PC do B com o PT e PHS

O PT não abre mão da chapa “puro sangue” à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A pressão interna é sustentada pela tese de que o partido não pode perder a vaga que será aberta com a saída do deputado Fernando Mineiro à Câmara dos Deputados. Uma nominata está praticamente fechada com nomes distribuídos em todo o estado, contemplando principalmente colégios eleitorais importantes como Natal, Mossoró, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.

Além disso, alguns nomes que acreditam ter boas chances de eleição não aceitam o PT dividir chapa proporcional com partidos que já têm deputados, por entenderem que reduziriam as suas possibilidades. São os casos de Francisco Medeiros, “Francisco do PT”, ex-prefeito de Parelhas; e a vereadora de Mossoró Isolda Dantas. Os dois são os “favoritos” para substituir Fernando Mineiro na Assembleia Legislativa.

Essa posição está criando dificuldade para o projeto majoritário, que tem como prioridade a eleição da senadora Fátima Bezerra ao Governo do Estado, uma vez que possíveis aliados como PC do B e PHS exigem do PT coligação completa, da majoritária à proporcional. PC do B e PHS querem renovar os mandatos dos deputados Carlos Augusto Maia e de Souza e, para isso, acreditam que é preciso ampliar a coligação. Sem o PT, as duas siglas não teriam densidade eleitoral para garantir a eleição de dois deputados estaduais.

O PC do B tornou público essa condição, ao final da reunião da comissão política estadual realizada em Natal no sábado, 19. “Nós prestamos conta do diálogo estabelecido com o Partido dos Trabalhadores e com o PSH para a construção de uma aliança para Governo e também para deputado estadual e federal”, afirmou o presidente estadual Antenor Roberto.

O dirigente ressaltou, também, que o partido examina a possibilidade de alcançar a meta nacional de 2% da votação para a Câmara Federal, por isso, entende que torna-se imprescindível a coligação proporcional com PT e PHS.

 

VICE

A participação em chapa majoritária também é outra posição estabelecida pelo PC do B. Os dirigentes defendem que o partido apresente um nome para vice-governador na chapa do PT. “Essa é uma posição natural, já que o PT tem o nome para o Governo e o PHS para o Senado”, disse Antenor, referindo-se a Fátima Bezerra e à deputada Zenaide Maia, que filiou-se recentemente ao PHS para concorrer ao Senado da República.

Um dos nomes do PC do B para compor com Fátima Bezerra é o geólogo Gutemberg Dias, ex-candidato a prefeito de Mossoró e ex-candidato a deputado estadual. Como Gutemberg teve uma boa votação nas eleições de 2016, embora tenha terminado em terceiro lugar, o seu partido entende que ele representaria bem o segundo maior colégio eleitoral do RN.

Gutemberg Dias, porém, tem dito que a sua prioridade, no momento, é consolidar o projeto de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. No entanto, ele não colocaria resistência se o PT aceitasse o seu nome para vice de Fátima Bezerra.

Outro nome que circula bem dentro do PC do B e tem a simpatia dos petistas é o de Francisco Canindé de França, que foi secretário de Esportes do governo Robinson Faria (PSD) até janeiro deste ano. Ele deixou o cargo quando o PC do B rompeu politicamente com o governador.

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César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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