Sexta-Feira, 26 de abril de 2024

Postado às 02h30 | 01 Jul 2018 | Mea culpa

Crédito da foto: bacanas.news Pobre Brasil

(*) Luiz Soares da Silva

Convenhamos, o Brasil vive o seu pior momento institucional, como república democrática, desde o seu descobrimento.

Já são notórios os incontáveis casos de descalabros, que tem levado o povo brasileiro ordeiro e trabalhador, a demonstrar a sua revolta, ao se anunciar a rejeição do governo, ou seja, do executivo em 79%.

O legislativo, considerando o Senado e a Câmara dos Deputados, é um antro processual, onde uma parcela significativa de parlamentares responde a processos por corrupção. Tais fatos foram tornados públicos, de forma contundente, graças a uma ação, considerada a de maior objetividade e repercussão, em todos os cantos e recantos do país, com o nome de Lava Jato.

Nestes últimos tempos, um fato chamou a atenção e causou uma revolta coletiva e silenciosa, ainda travada na consciência de muitos brasileiros, quando do impeachment da ex-presidente Dilma. O ministro, na época Presidente do Supremo, Ricardo Lavandoski, aceitou a separação de um texto, afastando a mesma, porém mantendo todos os seus direitos políticos, numa inconstitucionalidade sem limites e pasmem, aos ouvidos e honestidade da Lei. Rasgou o texto constitucional e nos fez engolir tamanha irresponsabilidade.

A figura chave de todos os incontáveis desdobramentos, eis que chega à pessoa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos os seus familiares, antes pobres financeiramente, de pedir esmola, se tornaram milionários. Os empréstimos realizados pelo BNDES são mantidos longe dos ouvidos e olhos da imprensa autêntica. Cursos e palestras, das quais nem sombras existem somente reconhecidas e pagas pelas grandes beneficiárias, no caso as grandes empreiteiras. A propina ao chefe da organização é notória e indigesta. Finalmente, o roubo do acervo do Palácio do Planalto, patrimônio público nacional, encontrado depositado num cofre particular do Banco do Brasil.

É pouco ou preciso gastar uma resma de papel para elencar, talvez a metade dos atos impróprios cometidos por esse verme?

Apenas no primeiro processo, no caso do famoso Triplex, o verme foi condenado a mais de nove anos de prisão. Na segunda instância, além de ter sido mantida a sua condenação, ainda teve a sua pena aumentada para mais de treze anos, por unanimidade. Segundo o emaranhado jurídico brasileiro, depois de marchas e contra marchas, finalmente o dito cujo foi e ainda se encontra preso numa cela, diferenciada da Policia Federal.

A saga da tentativa da libertado do molusco ainda continua. É uma peleja que fatalmente expôs a podridão fétida, escondida a sete chaves, no âmbito do STF. Um grupo de “ministros”, segundo fatos concretos, desrespeitam acintosamente decisões concretizadas e emanadas. A individualidade notória de alguns destes “intocáveis”, causa revolta, inclusive se clama por uma Intervenção Militar Constitucional.

Muitos renomados juristas, inclusive um ex-ministro do próprio STF, chega a afirmar que o PT comanda a corte suprema do país, considerando o cinismo que tenta justificar o injustificável, em seus votos corrompidos pela imoralidade.

A última pede para destituir o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin e se indicar um novo relator. Vai muito além, ao exigir a anulação da decisão da Segunda Instância, permitindo que o ladrão possa concorrer nas próximas eleições, como candidato à presidência da republica.

 A bandalheira institucionalizada reside numa tal de Segunda Turma do STF, composta por Gilmar Mendes – Presidente e ministros: Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, Dias Toffoli e Edson Fachin.

A palhaçada já se transforma em revolta popular, além de requerimentos à mesa do Senado, pedindo a presença do Ministro Gilmar, segundo prerrogativa constitucional, que dependendo do desfecho pode até propor a sua exclusão. Também já se questiona a condição de VITALÍCIO, para o cargo de Ministro do Supremo.

Por último, finalmente o terceiro pilar da democracia deixa transparecer a sua irrefutável inconstitucionalidade. O desserviço, sem generalizar é claro, serve como gasolina num pais de miseráveis, radicais e fanáticos, além de uma grande parte da população teimar em ficar omissa.

Eis a mea culpa que faltava, para que nós pudéssemos como o fazemos, neste exato momento afirmar em alto e bom som: Estamos falidos em todos os sentidos, na contramão vergonhosa, daquela que a Ordem e o Progresso nos impunham.

Pobre Brasil.

(*) Luiz Soares da Silva é engenheiro agrônomo

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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