Terça-Feira, 16 de abril de 2024

Postado às 01h45 | 08 Jul 2018 | Exageros e consequências

Crédito da foto: FIFA Brasil caiu diante da Bélgica na Copa do Mundo da Rússia

(*) Luiz Soares

O brasileiro cria emoções, vive paixões cegas, de uma forma altamente intempestiva. Quase sempre o desanimo, indignação, tristeza, decepções, revolta ou a omissão, passa a ser um habito cotidiano, altamente danoso à saúde, amizade e a felicidade. Ou seja, se apaixona, briga, cria inimizades por motivos fúteis.

Na politica temos registros das vigílias, dois ou três dias seguindo candidatos, por ruas, praças e avenidas. Portanto galhos, entoando enredos mirabolantes e altamente imaginários. As ruas enfeitadas com bandeiras, as casas delimitavam a opção de cada eleitor. Até animais eram usados nesta cruzada sem esperança.

A logica nunca foi o forte do comportamento da sociedade brasileira. Uns se tornam adeptos por pura ideologia, outros seguem e morrem pelas recomendações das agremiações partidárias, outros são os fanáticos e radicais, fieis escudeiros que agem e se comportam como os famosos “cães de guarda”. E assim a nação vai vivendo na utopia do bom senso, da educação, do conhecimento de causas e as exigências positivas, quanto aos seus efeitos.

Como se afirma que todo cidadão é politico por natureza, então precisamos urgentemente rever tais postulados, ou aperfeiçoar os paradigmas que servem, ou melhor, serviram para se determinar uma nova postura, com razão, discernimento e, desta forma passe a existir o respeito, o amor a Nação e, não mais ao estado. O estado é vulnerável. O estado sempre ira existir no sentido de prevalecer o individualismo, o egoísmo e de se obter “vantagens” do patrimônio nacional, especialmente dos recursos financeiros, advindos da famigerada Carga Tributária. Assim vivemos idolatrando Tancredo Neves, Fernando Henrique e o próprio presidiário Lula da Silva, sem falar do altíssimo índice de rejeição ao Temer.  

No futebol nem se fala. Por sinal a copa que a seleção acabou de perder, bem retrata, não tão mais como antigamente, o exagero do povo brasileiro, de forma abrangente e altamente radical e conscientemente generalizada. Os ídolos se repetem, como o Pelé, Romário, Ronaldo, Neymar entre tantos. Neste elenco de participação de massa, não se poderia deixar ao largo as Escolas de Samba, com os seus respectivos mantenedores, muitos deles animais de altíssima periculosidade.

E eis que chegamos fatalmente nas entranhas da justiça. Primeiro são cidadãos letrados, que chegaram aos cargos por concurso publico ou por apadrinhamento politico. Os apadrinhados é uma categoria que mais tem provocado sérios estremecimentos, nos ordenamento jurídico brasileiro. O mais famoso seria hoje, o trio formado por Gilmar, Dias e Ricardo. Como sempre podemos dar nome aos bois. Parece até um goleiro e defesas propositadas, naturalmente agindo ao contrario da civilidade, da honestidade que o momento tem a exigir, de cada um de nós.

O pior destes três mundos e momentos, é que os últimos são ou se julgam inatacáveis, inatingíveis, arrogantes ao assumirem o trono equivalente a um Deus do Egito antigo. Olham para os demais como sub-raças, gozam da ignorância perpetuada nas periferias. Desafiam a inteligência nata que domina muitas universidades, de profissionais abnegados e conscientes das suas responsabilidades.

O pior deles é o caso da Ministra Carmem. Quando do seu discurso de posse marcou território e rota em prol da verdadeira justiça. Aparece em entrevistas e faz charme. No mais, o que temos como consequência são processos sob a sua inteira responsabilidade encerrados por PRESCRIÇAO. Quanta vergonha meu Deus!

(*) Luiz Soares é Eng. Agrônomo, Professor aposentado da UFERSA e agropecuarista no município de Baraúna/RN

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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