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Postado às 11h00 | 01 Nov 2018 | Moro sai de reunião com Bolsonaro sem dizer 'sim' ou 'não'

Crédito da foto: Henrique Coelho/G1 Sergio Moro e Paulo Guedes na porta do condomínio de Bolsonaro, na Barra da Tijuca

O juiz federal Sergio Moro deixou, às 10h45 desta quinta-feira (1), a casa de Jair Bolsonaro sem dar entrevistas. A reunião, no condomínio na Barra da Tijuca, durou cerca de uma hora e meia. Paulo Guedes, anunciado ministro da Economia, foi embora no carro que levou Moro.

Os dois conversaram sobre o desejo do presidente eleito de ver o magistrado como ministro da Justiça ou do Supremo Tribunal Federal, quando houver vaga.

A agenda de Bolsonaro desta quinta inclui a visita dos embaixadores da Espanha e dos Estados Unidos, além de entrevista a emissoras católicas.

Moro desembarcou no Aeroporto Santos Dumont por volta das 7h30. Ele veio de Curitiba em voo de carreira e sem seguranças.

Questionado sobre o que o motivou para o encontro com Bolsonaro, o juiz afirmou que o país precisa de uma agenda anticorrupção e anticrime organizado. "Se houver a possibilidade de uma implementação dessa agenda, convergência de ideias, como isso ser feito, então há uma possibilidade. Mas como disse, é tudo muito prematuro", destacou Moro.

Durante o voo, ele chegou a dizer que ainda não há nada definido.

“Tô indo lá para conversar, não tem nada decidido. Ainda vai haver a conversa", afirmou o magistrado.

Durante a viagem, Moro também falou que considera prematuro temerem impacto negativo na Lava Jato caso aceite o cargo. "Acho surpreendente falar que não se deve nem conversar com um presidente que acabou de ser eleito por mais de 50 milhões de brasileiros", afirmou.

Perguntado sobre o fato de a defesa do ex-presidente Lula ter questionado o fato, ele apenas respondeu que "se houver alguma alegação, será decidido nos autos".

Fonte: G1 - Rio

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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