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Postado às 22h00 | 27 Out 2017 | Redação Técnico do ABC segue sem 13 jogadores que continuam em greve por salários

Crédito da foto: Andrei Torres/ABC FC Ranielle Ribeiro terá parte do grupo para o jogo deste sábado

O técnico Ranielle Ribeiro viveu uma semana conturbada com a greve dos jogadores do ABC. O treinador, que falou com a imprensa pela primeira vez nesta semana nesta sexta-feira, se mostrou surpreso com a paralisação, da qual não foi avisado com antecedência. Na segunda-feira, dia em que foi anunciada a greve, o GloboEsporte.com esteve no CT Alberi Ferreira de Matos e encontrou o treinador saindo das dependências do clube em seu carro, já que não haveria atividade. Apesar disso, Ranielle destacou que não julga os atletas que seguem sem treinar. Ele disse que se colocou "na pele de cada um" para entender todos os lados da questão.

- Eu não posso dar minha opinião se sou favorável a eles. Eu não posso fazer isso. Eu me coloco no lugar deles e dou razão em parte, como dou razão aos que voltaram. É meio contraditório. Mas é só entrar na pele de cada um e pensar o que eu decidiria. Não podemos julgar agora. Temos que enaltecer o que estes atletas fizeram antes da atitude da greve. Eles sempre respeitaram a instituição, se dedicaram muito. Eu não tenho nada para falar de nenhum atleta que esteja aqui ou esteja fora do plantel em termos de dedicação nos treinos, de aplicação nos jogos, de entrega - disse.

O treinador explicou ainda que a paralisação foi pensada por todo o grupo e que não houve uma espécie de "mentor". Agora, a busca é para tentar reconcentrar o elenco que tem em mãos na Série B, em que o Alvinegro tenta uma reação para escapar do rebaixamento. O Alvinegro joga nesta sábado contra o Londrina, no Frasqueirão.

- Não teve mentor de greve. Foi o grupo que decidiu. O grupo inteiro decidiu. Se criou uma revolta entre eles por causa da desistência de uns e de outros não. Não tem A ou B. Cabe a nós, profissionais da comissão permanente, tentar restabelecer a briga novamente pelo não rebaixamento, nosso maior propósito - disse.

Diante de um clima ainda conturbado pela divisão do grupo, já que 13 atletas seguem sem treinar, o treinador quis "lavar a roupa suja" no vestiário antes mesmo de entrar no campo de treino. Ao todo, 26 atletas participaram da atividade - cinco foram chamados das categorias de base para completar os grupos do treinamento.

- A gente tentou lavar a roupa suja antes do treino, se é que ainda tinha. Falei para eles: 'Se houver arestas entre vocês, resolvam. Lembrem-se que tudo que foi falado entre vocês, em um grupo de WhatsApp ou pessoalmente, foi no momento de raiva, ou instabilidade. Que um se coloque no lugar do outro, para haver o perdão, a união'. Há 11 meses a gente está junto, e não vi adversidade, briga, contradição em nada. Se houve agora, não custa nada resolver. Se não for resolvido, que se respeitem no ambiente de trabalho e muito mais fora dele - destacou.

* Com as informações do globoesporte.com

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