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Postado às 12h15 | 09 Nov 2017 | Redação Ex-gerente de futebol do Potiguar, Neto Juremal aciona o clube na Justiça do Trabalho

Crédito da foto: Cezar Alves/Arquivo Juremal acionou o clube na justiça. Valor total pode chegar a mais de R$ 125 mil

Marcos Santos/Da Redação

O ex-gerente do Potiguar Neto Juremal acionou o clube mossoroense na Justiça do Trabalho. O fato foi revelado no início da semana, quando o Potiguar foi intimado sobre a reclamação do ex-funcionário.

Neto alega tempo de trabalho no clube entre 26 de novembro de 2012 a 3 de maio deste ano, quando foi demitido, e pretende receber indenizações por aviso prévio, 13° salário compreendendo o período em questão, salários retidos de 2017, férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e prejuízo com o Programa de Integração Social (PIS).

O reclamante também pretende receber uma indenização por danos morais (R$ 18.740,00) e horas extras (R$ 40.456,80). O valor total da reclamação trabalhista é de R$ 125.230,40.

A ação do ex-funcionário contra o Potiguar está na 5.ª Vara do Trabalho em João Pessoa (PB), onde Neto reside. A data da audiência está marcada para o dia 28 deste mês na capital paraibana.

No período em que Neto prestou serviços, passaram três presidentes pelo clube: Benjamim Machado, Jorge do Rosário e Marco Fernandes, este último o atual “mandatário” do time.

 

 DEFESA

O advogado do Potiguar, Waltency Soares, entende o direito do trabalhador, mas observa que vários pontos da reclamação não possuem relação alguma com os fatos.

“A reclamação se baseia em um contrato só durante o período citado, mas isso não confere diante da sazonalidade do nosso futebol. Nesse período, o clube apresentou três baixas na carteira dele”, observou Waltency.

“A petição é totalmente inepta, porque os pedidos não fazem relação com os fatos; não tem coerência.”

 

MÁGOA

Ao apelar para a Justiça, Waltency Soares acredita que Neto Juremal foi movido pela emoção, embora os salários atrasados neste ano tivessem contribuído, em parte, para a sua reclamação.

“Parece-me ser uma questão pessoal por ele ter então se desentendido com alguns companheiros de diretoria. O atraso salarial em decorrência do atraso da Prefeitura em repassar o patrocínio neste ano, acredito, também contribuiu”, comentou.

 

ACORDO

Por Neto ter ligação com o Potiguar – no qual iniciou os primeiros passos no futebol – e por ter intimidade com a maioria das pessoas que fazem parte da vida do clube, Waltency esperava que o ex-funcionário pudesse ter procurado a atual gestão para fazer um acordo.

“O futebol daqui de Mossoró, aliás de todo o estado, é cheio de dificuldades, a receita é pouca, não há calendário de jogos anual, enfim. Posso dizer que o Potiguar honra com os seus compromissos, tem momento que atrasa (salários) como em todo clube do Brasil e do mundo devido aos problemas financeiros, mas se cumpre. Ele esteve aqui, conhece a realidade e sabe como funciona. Por isso, entendo que ele deveria ter procurado o clube para fazer um acordo”, encerrou.

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