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Postado às 14h45 | 09 Dez 2018 | Redação Landim supera candidato de Bandeira e vai encarar o grande desafio no Flamengo

Crédito da foto: O Dia Landim faz o "V" da vitória nas eleições deste sábado, 8

Rodolfo Landim teve uma vitória relativamente tranquila quando se olha o placar da eleição do Flamengo. Ao receber o apoio de 61% dos sócios que compareceram à Gávea, ele desfrutou do melhor que as alianças políticas com diversos clubes podem proporcionar.

Agora, o desafio passa a ser a forma como a nova gestão irá lidar com ideias tão plurais, que representam um Flamengo do qual o torcedor não tem saudade - sob o aspecto administrativo -, mas ao mesmo tempo reverencia - quando lembra dos títulos de expressão nacional, embora eles também não viessem todo ano.

O cenário da vitória da chapa roxa no ginásio Hélio Maurício retrata uma oposição que uniu correntes distintas para desbancar o SóFla, grupo acusado de se tornar mais centralizador com o passar dos anos. E a reclamação vai além, no sentido de indicar um comportamento mais individualista quando se fala nas tomadas de decisão do presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Se as decisões não são compartilhadas e os títulos não aparecem, a oposição se insurge. E assim foi. No Flamengo, gente que era considerada carta fora do baralho há tempos viu na candidatura de Landim a chance de recuperar relevância no clube.

Marcos Braz, vice de futebol da nova gestão e que tem passado relacionado às torcidas organizadas, estava em 2009 na presidência de Delair Dumbrosck, quando o Fla foi campeão brasileiro pela última vez. Ao fim daquele ano, o próprio Delair foi derrotado por Patrícia Amorim na eleição rubro-negra.

A primeira mulher a presidir o clube, por sua vez, foi desbancada em pela chapa azul de Bandeira e também de Landim. Na noite de sábado, lá estavam Braz, Delair, Patrícia e Landim posando um ao lado do outro para comemorar a vitória. Márcio Braga também entra nessa cadeia de poder.

Patricia Amorim, por sua vez, trouxe seus votos em troca de uma limpeza de imagem arranhada há seis anos. Até Michel Levy estava posando ao lado dos vencedores no sábado. Ex-vice de finanças da gestão Patrícia, ele é autor da célebre frase dizendo que iria à Rússia e traria Vagner Love, nem que fosse nos braços.

Landim exaltou muito o caráter agregador da chapa e precisará ser hábil para manter a estrutura profissional do clube, sem que ideais políticos de dirigentes anteriores minem a parte boa do que foi construído nos últimos seis anos. Em um clube que não atrasa mais salários, o atraso que incomoda é da chegada de novos troféus.

Algumas das vice-presidências estratégicas já têm dono e indicam a política a ser adotada. Se Braz, da "velha guarda", cuidará do futebol, Claudio Pracownik, que geriu as finanças no segundo mandato de Bandeira, ocupará a mesma função na nova gestão. Do bloco que rachou com o atual presidente no primeiro triênio - do qual Landim originariamente faz parte -, retorna Luiz Eduardo Baptista, o Bap, conduzindo as relações externas e o comitê de futebol - o grupo no qual as decisões serão conduzidas.

Fonte: O GLOBO

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