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Postado às 09h15 | 27 Dez 2017 | Redação Reservatórios do Rio Grande do Norte têm menor nível dos últimos seis anos

Crédito da foto: WSCom Reservatórios do RN atingem pior índice de água desde os últimos anos

O Relatório da Situação Volumétrica dos 47 reservatórios com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte por meio do Instituto de Gestão das Águas (IGARN), divulgado nesta terça-feira (26), indica que as reservas hídricas estão no seu menor nível pelo monitoramento realizado nos últimos seis anos, com apenas 11,5% da capacidade total de armazenamento no estado.

Em um comparativo entre os volumes dos três maiores reservatórios potiguares no dia 26 de dezembro de 2016 e no mesmo dia de 2017 há os seguintes números: a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do Estado, com capacidade para 4,2 bilhões de metros cúbicos, ao final do ano passado estava com 15,23% da sua capacidade total; já neste ano, o percentual é de 12%. Utilizando o mesmo comparativo, a barragem Santa Cruz do Apodi estava com 19,25% da sua capacidade, no ano passado, já este ano chega ao final de dezembro com 14,72%. A barragem de Umari, em 2016, chegou ao dia 26 de dezembro com 19,48% de sua capacidade, já neste ano está com 14,42%.

A situação se repete se comparados os volumes totais das duas principais bacias hidrográficas do estado. Em 2016, a Bacia Piranhas/Açu chegou ao final do ano com 13,32% do seu volume total. Já neste ano apresenta 12,11% do seu volume total. A bacia Apodi/Mossoró, no mesmo período, estava com 13,22% do seu volume total. Em 2017 está com 12,4%.

O Rio Grande do Norte, quanto às suas reservas hídricas superficiais, está com apenas 11,5% de sua capacidade total. Em 2016, no mesmo período, estava com 12,75%. Para que os reservatórios de maior porte (com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos) armazenem água no próximo período de chuvas, o total precipitado deverá ser superior à média, de modo que os pequenos mananciais se encham, possibilitando as águas da bacia chegar aos grandes açudes.

 

Consumo sustentável pode garantir abastecimento

Mesmo com as recentes previsões de boas chuvas para a próxima quadra chuvosa, é de suma importância que a população potiguar faça o consumo sustentável da água, tanto para garantir a continuidade do abastecimento das cidades que ainda não estão em colapso, quanto para ajudar na recarga dos reservatórios quando as chuvas tiverem início.

A disponibilidade hídrica total do Rio Grande do Norte é de 4.411.787.259 metros cúbicos. Em 2010, o estado estava com 73,3% de sua capacidade hídrica; em 2011, devido ao bom período chuvoso, o índice chegou a 89,52%. Nos anos posteriores, devido à estiagem, os percentuais baixaram em 2012 para 60,8%; 2013 para 42,39%; 2014 chegou a 37,39%; 2015 com 23,79%; em 2016 atingiu 12,75% e chegou em 2017 aos atuais 11,58%, portanto o nível menor nível de reservas.

Quanto à distribuição das chuvas, nas bacias hidrográficas dos reservatórios, as precipitações pluviométricas deverão ser observadas nos municípios nelas contidas.

 

Assim:

Reservatório

Municípios

Pau dos Ferros:

Pau dos Ferros, Rafael Fernandes, Marcelino Vieira, Pilões, Riacho de Santana, José da Penha

Santa Cruz do Apodi:

São Francisco do Oeste, Riacho da Cruz, Severiano Melo, Rodolfo Fernandes

 

Umari:

Mossoró, Upanema

 

Dourado:

Currais Novos

 

Itans:

Caicó, Ouro Branco, Jardim do Seridó

Boqueirão de Parelhas:

Parelhas

 

Marechal Dutra (Gargalheiras):

Acari, Currais Novos

Cruzeta:

Cruzeta, São Vicente

 

Armando Ribeiro Gonçalves:

São Fernando, Jucurutu, Currais Novos, Acari, Caicó, Serra Negra do Norte, Pombal.

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