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Postado às 11h00 | 13 Jul 2018 | Redação Pediatria perdeu quase 400 leitos nos últimos oito anos, diz levantamento

Crédito da foto: CFM O levantamento foi publicado pela entidade na última quinta-feira, 12

Números apurados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostram que o Rio Grande do Norte desativou 465 leitos nos últimos oito anos. O levantamento foi publicado pela entidade na última quinta-feira, 12.

De acordo com o estudo, somente a Pediatria perdeu 391 leitos. Em seguida aparece o Cirúrgico com a perda de 118 leitos. Com 77 perdas está o Obstétrico. Já as Outras Especialidades acumulam 123 desativações.

A pesquisa traz os números de Natal. Segundo o levantamento, a capital potiguar perdeu 189 leitos de internação entre 2010 e 2018, dos quais 171 foram na Pediatria. Clínicos (84) e Obstétrico (21) tiveram variação positiva nos últimos oito anos.

Ainda de acordo com o CFM, 22 estados e 18 capitais brasileiras perderam leitos nos últimos oito anos. Só no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, 9.569 mil leitos foram desativados desde 2010. Na sequência, aparece São Paulo (-7.325 leitos) e Minas Gerais (-4.244). Na outra ponta, apenas cinco estados apresentaram evolução positiva no cálculo final de leitos SUS: Rondônia (629), Mato Grosso (473), Tocantins (231), Roraima (199) e Amapá (103).

Entre as 18 capitais, foram os cariocas os que mais perderam leitos na rede pública (-4.095), seguidos pelos fortalezenses (-904) e curitibanos (-849). No entanto, nove delas – Belém, Boa Vista, Cuiabá, Macapá, Palmas, Porto Velho, Recife, Salvador e São Luís – conseguiram elevar esse indicador, o que sugere que o grande impacto de queda tenha recaído sobre os municípios interioranos.

O Ministério da Saúde argumenta que a redução do número de leitos hospitalares segue uma "tendência mundial", que se justifica pelo fortalecimento da atenção ambulatorial ou domiciliar. "Assim como no Brasil, o Reino Unido e o Canadá, que também possuem sistemas universais de saúde, fecharam leitos ao longo das últimas décadas. É preciso destacar, no entanto, que, diferentemente destes países, as políticas de prevenção e promoção à saúde no Brasil não conta com um financiamento adequado", apontou o presidente do CFM, Carlos Vital.

Matéria completa na edição impressa do JORNAL DE FATO deste sábado (14).

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