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Postado às 11h15 | 16 Nov 2018 | Redação Em 2016, PIB do Rio Grande do Norte teve retração de 4%, aponta IBGE

O Produto Interno do Rio Grande do Norte apontou variação negativa de 4% em 2016. O PIB potiguar alcançou R$ 59,66 bilhões. O estado representa 1,0% da economia brasileira. Ele ocupa a 5ª posição no Nordeste e a 18ª no Brasil

Crédito da foto: EBC O Produto Interno Bruto potiguar alcançou R$ 59,66 bilhões em 2016

O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte apontou variação negativa de 4% em 2016. O PIB potiguar alcançou R$ 59,66 bilhões. O estado representa 1,0% da economia brasileira. Ele ocupa a 5ª posição na Região Nordeste, em termos de valor do PIB, e a 18ª no Brasil. Os dados foram divulgados hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa de Contas Regionais de 2016.

De acordo com o levantamento, as atividades de Construção e Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas contribuíram para o resultado negativo.

Ainda segundo o estudo, o setor agropecuário, com participação de 3,5% da economia potiguar, apresentou variação em volume de -4,6%, em 2016. A Produção florestal, pesca e aquicultura, cuja queda em volume foi de 12,8%, foi quem mais influenciou este resultado, devido à redução da criação de camarão. Pecuária, inclusive apoio à pecuária também retraiu (- 4,1%), devido à criação de bovinos, enquanto Agricultura inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita teve variação positiva e igual a 6,9%.

O setor industrial apresentou variação em volume de -5,4%, influenciada em larga medida pelo resultado de Indústrias de transformação, cuja variação foi de -5,8%. Nesta atividade, o destaque foi a indústria de refino de petróleo, que apesar da redução da produção em volume, contribuiu para o resultado corrente do valor adicionado bruto, já que houve redução dos custos da matéria-prima utilizada.

A atividade de Construção também contribuiu para a variação negativa em volume, já que apresentou queda de 14,5%, devido à retração no segmento de construção de edifícios. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, por sua vez, cresceu 13,4% em volume; resultado associado parcialmente ao aumento da geração de usinas eólicas.

O Setor Serviços representou 77,5% do valor adicionado da economia do estado em 2016, e apresentou variação em volume de -3,5%. Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, atividade que representou 29,7% da economia do estado em 2016, decresceu em volume 2,2%. Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, segunda atividade mais relevante em termos de valor, também apresentou queda, igual a -9,4%.

Em contrapartida, Atividades Imobiliárias e Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares cresceram, 0,9% e 1,9%, respectivamente.

No ano de 2016, a economia brasileira encolheu 3,3%, resultado negativo que se disseminou em praticamente todas as unidades da federação. Apenas Roraima, com 0,2%, teve alta no Produto Interno Bruto (PIB). A pesquisa mostra que a retração econômica que o país enfrentou naquele ano foi mais acentuada no Amazonas, onde o PIB caiu 6,8%, no Piauí e em Mato Grosso, ambos com queda de 6,3%.

Em 2016, a economia paulista ficou entre a dos 12 estados que tiveram resultados melhores do que a média nacional. O grupo inclui a alta de 0,2% de Roraima, o resultado estável do Distrito Federal, e quedas que vão de -1,4% a -3,1%. No grupo, estão Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, que ocupam a 3ª, a 4ª e a 5ª posição no ranking dos PIBs estaduais. Os cinco estados com maior PIB concentram 64,4% da economia brasileira.

As outras 15 unidades da federação tiveram quedas mais acentuadas do que a média nacional. No grupo, está o Rio de Janeiro, segundo maior PIB do Brasil, com uma queda de 4,4% em apenas um ano.

Entre 2002 e 2016, Tocantins foi estado brasileiro cuja economia mais cresceu, dobrando de tamanho. O estado da Região Norte avançou em um ritmo médio anual de 5,2%, somando 103,4% no período. Mato Grosso cresceu 89,1%; Roraima, 79,5%; Acre, 76,8%; e Piauí, 72,7%.

Entre todos os estados do país, o Rio de Janeiro foi o que menos cresceu no período, com uma alta média de 1,6% ao ano, somando 25,3% entre 2002 e 2016.

Valor corrente, participação percentual, posição relativa e variação em volume do PIB das Unidades da Federação no PIB do Brasil - 2016
Unidades da Federação Produto Interno Bruto
Valor corrente  
(R$ 1 000 000)
Participação
(%)
Posição relativa da variação em volume Variação em volume
(%)
Roraima    11 011             0,2     0,2
Distrito Federal    235 497             3,8     0,0
Alagoas    49 456             0,8 -    1,4
Minas Gerais    544 634             8,7 -    2,0
Santa Catarina    256 661             4,1 -    2,0
Acre    13 751             0,2 -    2,4
Rio Grande do Sul    408 645             6,5 -    2,4
Paraná    401 662             6,4 -    2,6
Mato Grosso do Sul    91 866             1,5 -    2,7
Pernambuco    167 290             2,7 10º -    2,9
São Paulo   2 038 005           32,5 11º -    3,1
Paraíba    59 089             0,9 12º -    3,1
12 Unidades da Federação com variação em volume acima do Brasil   4 277 568           68,3   -    2,6
               Brasil   6 267 205     -    3,3
15 Unidades da Federação com variação em volume abaixo do Brasil   1 989 637           31,7   -    4,9
Goiás    181 692             2,9 13º -    3,5
Pará    138 068             2,2 14º -    4,0
Rio Grande do Norte    59 661             1,0 15º -    4,0
Ceará    138 379             2,2 16º -    4,1
Tocantins    31 576             0,5 17º -    4,1
Rondônia    39 451             0,6 18º -    4,2
Rio de Janeiro    640 186           10,2 19º -    4,4
Amapá    14 339             0,2 20º -    4,9
Sergipe    38 867             0,6 21º -    5,2
Espírito Santo    109 227             1,7 22º -    5,3
Maranhão    85 286             1,4 23º -    5,6
Bahia    258 649             4,1 24º -    6,2
Mato Grosso     123 834             2,0 25º -    6,3
Piauí    41 406             0,7 26º -    6,3
Amazonas    89 017             1,4 27º -    6,8
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

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