Quinta-Feira, 28 de março de 2024

Postado às 07h45 | 23 Jul 2018 | Redação Rohani adverte aos EUA que atacar o Irã causaria a "mãe de todas as guerras"

Crédito da foto: Agência EFE O líder ressaltou que o Irã responderá às ameaças "com ameaças"

Da Agência EFE

O presidente do Irã, Hassan Rohani, advertiu neste domingo aos Estados Unidos que iniciar um conflito com seu país suporia "a mãe de todas as guerras", por isso que recomendou "não brincar com fogo".

"O poder do Irã é dissuasório e não temos um conflito com ninguém, mas os inimigos devem entender bem que a guerra com o Irã é a mãe de todas as guerras", disse Rohani em cerimônia com diplomatas iranianos.

O líder ressaltou que o Irã responderá às ameaças "com ameaças" e não se intimidará, segundo o discurso publicado no site da Presidência iraniana.

Se dirigindo ao presidente americano, Donald Trump, deu um conselho. "Não brinque com a cauda do leão, porque você irá lamentar", uma expressão em farsi equivalente a não brincar com fogo.

Trump retirou em maio os EUA do acordo nuclear multilateral de 2015 com o Irã e voltou a impor sanções a Teerã, que entrarão em vigor em agosto e ameaçam afundar a já maltratada economia iraniana.

Uma medida que tem o objetivo de afetar o Irã em duas das suas linhas vermelhas: seus programas de mísseis balísticos e sua influência regional.

"Pagaremos custos, mas conseguiremos mais benefícios", afirmou Rohani, descartando como já fez ontem o líder supremo, Ali Khamenei, qualquer negociação com Washington.

"Negociar hoje com os EUA não significa mais do que a rendição e o fim das conquistas da nação do Irã. Se nos rendemos diante de um fanfarrão mentiroso como Trump, saqueiam o Irã", acrescentou.

No discurso, Rohani também se referiu às declarações feitas por vários responsáveis americanos para encorajar os movimentos de protesto internos contra o regime dos aiatolás.

A respeito, considerou que os EUA não é um país capaz de "provocar o povo iraniano contra a segurança e os interesses do Irã", apesar de nos últimos meses ter ocorrido manifestações e greves pela crise econômica.

Neste mês, Trump mostrou confiança que a República Islâmica aceitará suas condições e lhe contatará para chegar a um novo acordo porque está tendo "muitos problemas e sua economia está afundando".

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