Contrato para abertura de dez novos leitos de UTI em Mossoró foi prometido para esta semana
A abertura de dez novos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) em Mossoró não deve se concretizar nesta semana. Nesta terça-feira (29), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) não garantiu o cumprimento da promessa feita durante audiência na Oitava Vara da Justiça Federal, em Mossoró. Na oportunidade, a chefe de gabinete da Sesap, Romy Christine Nunes Sarmento, afirmou que o contrato com o Hospital Wilson Rosado para a instalação de dez novos leitos de UTI na cidade seria assinado nesta semana. “Estamos aguardando o encerramento do processo administrativo”, argumentou.
No entanto, nesta terça-feira, a Sesap respondeu ao JORNAL DE FATO que “ainda não se tem a data de forma precisa” para a assinatura do contrato.
A Sesap informou que o processo se encontra em tramitação, “retornou da Procuradoria Geral do Estado com algumas diligências para que a Sesap sane, de modo que em alguns dias o contrato seja assinado e publicado”, argumentou.
Vale salientar que, segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN), Marcos Lima de Freitas, o acordo com a implantação desses 10 leitos foi fechado durante audiência na Justiça Federal em 5 de maio último, com prazo de 30 dias, não sendo cumprido dentro do que foi definido. “O prazo expirou e os leitos não foram contratados”, alertou.
E mais um prazo estipulado pelo Governo do Estado caminha para não ser cumprido.
O Hospital Wilson Rosado informou que está com os leitos solicitados pelo Estado prontos, aguardando apenas o desfecho da contratação por parte do Estado. “Na última audiência, ficou de ser firmado até a próxima sexta-feira. Continuamos aguardando”, observou Marcos Moura, diretor do hospital.
Mossoró sofre com a incapacidade para atender a demanda por leitos de UTI. A cidade tem 80 desses leitos distribuídos pelo Hospital Wilson Rosado, Liga de Combate ao Câncer, Hospital São Luiz e Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM), mas apenas 36 – menos da metade – são credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Sem vagas no SUS, familiares de muitos pacientes entram com ação na Justiça e o poder público acaba pagando bem mais caro por leitos privados.
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