A falta de água tem feito os moradores retirarem água de uma caixa desativada no Ciac
Edinaldo Moreno/Da redação
A falta de água tem tirado a tranquilidade dos moradores do bairro Belo Horizonte nos últimos dias. A solução tem sido comprar o líquido de carros-pipa ou mesmo se valer de uma caixa d’água no Caic do BH. Nesse caso, são aqueles que dizem não ter condições de pagar.
A reportagem do DE FATO.COM conversou com alguns populares do bairro. Eles disseram que faz pelo menos duas semanas que o fornecimento de água na região está irregular. A equipe flagrou uma moradora com um galão em um carro de mão indo buscar água no Caic.
A moradora da rua Santa Luzia, Alexsandra Santos, informou ao De Fato que em sua casa não tem água e tem se valido da caixa d’água no local para, segundo palavras dela “ir sobrevivendo sem á agua por enquanto”.
“Eu não tenho condições de comprar direto água e por isso venho aqui pegar a água. Esta tudo seco. Faz umas duas semanas que não temos água aqui no bairro”, disse a moradora. Outras pessoas que estavam no local relataram ainda que no último domingo, 17, formou-se uma fila para a retirada da água do poço.
Os residentes da Rua Joaquim Nabuco também se queixam da falta de água no bairro nos últimos dias. O senhor Carlos Alberto falou que no domingo chegou a ter água por alguns minutos, mas que não deu para encher os recipientes.
“Ontem (domingo) chegou um pouquinho, mas não deu nem para molhar o chão. Vai para a segunda semana que estamos aqui no BH sem água e a Caern diz que não tem um prazo para solucionar o problema. Eu tenho um reservatório aqui em casa que ainda dará para alguns dias, mas se continuar desse jeito não sei como será. Terei de comprar”, disse.
O morador da mesma rua, Antônio Ilson, relatou que não deu para encher a cisterna de sua casa quando a água chegou. “Começou a cair de oito horas e de oito e meia já não tinha mais nada. Não deu para encher nada. Para a gente fazer as refeições estamos comprando água. Se o problema não for resolvido até amanhã (terça-feira) vamos ter de comprar. A água que estamos utilizando na pia estamos reutilizando no sanitário”, relatou.
Já na casa da filha da senhora Cristina Lopes, a água que chegou foi suja e com mau cheiro. “A água que está chegando é desse jeito”, apontou para o balde a moradora. Ela diz ainda que acordou de três horas da manhã para observar se já tinha chegado água nas torneiras.
A reportagem flagrou ainda um carro-pipa abastecendo a casa de um morador na Rua Raimundo Rodrigues Rebouças. O senhor Lúcio Gomes do Rego confirmou a falta de água no bairro. “Faz quase três semanas que falta água aqui na rua. Estamos tendo de comprar água”.
Ele ainda informou que houve um aumento. “Antes a gente comprava aqui pelo preço de oitenta reais. Agora uma certa quantidade de água chega a ser vendida pelos carros-pipa entre cento e quarenta e cento e cinquenta reais”.
À reportagem, a assessoria de comunicação da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que o poço 8 que abastece o bairro apresentou um problema eletromecânico. Segundo a assessoria, uma equipe trabalha no conserto do poço. A previsão é de que o abastecimento seja normalizado na quarta-feira, 20. O poço 8 abastece o Alto do Xerém, Carnaubal, Alto da Conceição, Belo Horizonte e parte do Centro.
Ainda em nota, a Caern diz que está abastecendo esses bairros por meio da adutora Jerônimo Rosado, no intuito de minimizar os transtornos causados pela suspensão do envio de água dos poços. O poço 2, que abastece Paredões, Barrocas, Bom Jardim e parte do Santo Antônio também apresentou o problema.
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