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Postado às 09h00 | 21 Out 2017 | Redação Justiça determina nova reunião entre PMM e Sindiserpum

Crédito da foto: Allan Phablo/Arquivo Marleide Cunha, afirma que reajuste de 3,93% deve ser aceito pela categoria

Amina Costa/Da Redação

Nesta sexta-feira, 20, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) se reuniu em assembleia para discutir os rumos da greve dos servidores de Mossoró, que está suspensa desde o início do mês de outubro. A presidente do sindicato, Marleide Cunha, informou à reportagem que a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) tem o prazo de 30 dias para marcar uma reunião com a categoria.

De acordo com as informações repassadas por Marleide Cunha, a Prefeitura de Mossoró entrou na Justiça com a finalidade de impedir que os servidores estivessem acampados na frente do Palácio da Resistência durante a greve. Foi realizada uma audiência de conciliação e ficou determinado que a Prefeitura tem 30 dias para se reunir novamente com o sindicato e apresentar uma proposta oficial sobre o reajuste. “O Município queria a extinção do processo, que tinha como objetivo evitar que os servidores acampassem na frente da Prefeitura, mas o juiz não acatou essa vontade”, contou.

“Na audiência de conciliação, o juiz conseguiu que a Prefeitura sentasse novamente com o sindicato, no prazo de 30 dias, para apresentar uma proposta de reajuste salarial para nós. Enquanto isso, permanecemos com a greve suspensa, até que a Prefeitura nos mande o documento oficial com a proposta de reajuste, para que a categoria possa votar pela continuidade ou fim da greve”, explicou Marleide Cunha.

A sindicalista explicou também que a proposta oferecida pela Prefeitura, cujo reajuste seria de 3,93%, não havia sido formalizada e, por isso, não existia nenhuma segurança sobre quando seria aplicado. “O sindicato pleiteava o reajuste de 9%, enquanto o Município informava que ia conceder o reajuste de 3,93%. Mas, em nenhum momento, até o início da greve, foi apresentada uma proposta oficial com o percentual do reajuste e como ele seria posto em prática. Ou seja, não tínhamos garantias de que a Prefeitura iria cumprir o que dizia”, disse.

Questionada sobre o posicionamento do sindicato caso a proposta de reajuste de 3,93% seja oficializada, Marleide Cunha afirma que a categoria quer o reajuste, sob condição de que ele seja encaminhado para a Câmara Municipal e vire lei, dando garantia aos servidores municipais. Ela contou também que o impedimento para que os servidores votassem essa proposta foi porque a PMM nunca apresentou um documento oficial e com garantias.

“O sindicato quer o reajuste de 3,93%, porque mesmo sendo correspondente apenas ao valor da inflação, é a única proposta que o sindicato tem e é melhor do que nada. Nós não tivemos como votar se aceitaríamos essa proposta ou não porque não existia proposta oficial sobre isso. O ofício com a proposta oficial do reajuste foi entregue no final do mês de setembro”, disse.

A data-base da campanha salarial do Sindiserpum é no mês de maio e, segundo a sindicalista, a Prefeitura não havia demonstrado o interesse de oficializar a proposta oferecida, nem de dialogar com a categoria sobre possíveis reajustes.

“Quando iniciou as discussões da campanha salarial, a Prefeitura aplicou esse valor só de boca, sem nenhum respaldo legal. Com muita luta conseguimos uma proposta por escrito, e nessa proposta eles indicavam que iam dar 3,93% de reajuste, mas não tinha nenhuma segurança. A Prefeitura informou que só atentou para o fato que não tinham documento oficial quando os vereadores foram até o Palácio da Resistência e cobraram o documento”, contou a sindicalista.

Prestes a completar um mês de greve, o Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (SINDISERPUM) decidiu suspender a greve por tempo indeterminado, após a Prefeitura de Mossoró ter movido ação judicial contra o sindicato, para impedir que os servidores acampassem na frente do Palácio da Resistência.

A decisão de acampar na frente da Prefeitura objetivava pressionar a prefeita Rosalba Ciarlini para entrar em acordo com os servidores sobre a proposta de reajuste salarial. O sindicato informou que foi impedido de montar a tenda em frente à Prefeitura e que foi recebido sob forte pressão policial.

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