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Postado às 08h30 | 12 Jan 2018 | Redação Mensalidade em escolas particulares ficará quase 10% mais cara

Crédito da foto: EBC Esse percentual é médio, pois cada escola pode adotar o reajuste

A mensalidade das escolas particulares de Mossoró está sendo reajustada em 9,75%. Esse percentual é médio, pois cada escola pode adotar o reajuste que considerar adequado.

O aumento médio está bem acima da inflação oficial do país, que fechou em 2017 com alta acumulada de 2,95%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O diretor regional e vice-presidente do Sindicato de Escolas Particulares do Rio Grande do Norte (SINEPE-RN), Genésio Filgueira, argumenta que a inflação oficial não serve como parâmetro para definir o reajuste da mensalidade. “As escolas dependem de vários insumos que sobem acima da inflação, como a energia elétrica, além do reajuste dos salários dos professores, que tem como data-base o mês de março”, justifica.

Filgueira destaca que o reajuste depende da planilha de custos de cada escola e varia bastante. “Tem escola que aumenta 2%; outras, 3%. O que definimos em reunião com todas as escolas é que o reajuste atenda às necessidades das escolas e não afugente a clientela”, observa.

A crise econômica e o atraso no pagamento dos salários do funcionalismo público estadual aumentaram a inadimplência e também reduziram o universo de estudantes nas escolas particulares. “As escolas grandes e mais caras estão perdendo alunos para as escolas médias, que, por sua vez, estão perdendo alunos para a rede pública”, relata Filgueira.

Mossoró conta hoje mais de 120 escolas na rede privada, grande parte instalada em áreas periféricas e não sindicalizada. “Além da crise, de as famílias estarem tendo menos filhos, também temos um excesso de escolas”, elenca o sindicalista.

Além das escolas particulares, o período de matrícula já foi iniciado na rede pública. Na rede municipal, está em andamento a matrícula nas Unidades de Educação Infantil (UEI), com prazo até o dia 18 de janeiro. Na rede estadual, está em processo a renovação de matrícula dos alunos veteranos, com prazo até o dia 16.

Paralelo às renovações, as unidades de ensino estaduais estão recebendo os estudantes que desejam realizar transferência. Os alunos da rede estadual de ensino que buscar transferência para outra unidade da própria rede devem comparecer à secretaria da escola até esta sexta-feira (12). O mesmo prazo vale para a transferência dos alunos oriundos da rede municipal para a estadual de ensino e para os estudantes que por motivo pessoal desejem ser transferidos para outra rede de ensino.

Para os estudantes que desejar cursar o ensino médio em tempo integral, a matrícula da rede estadual será realizada do dia 18 a 25 de janeiro. No dia 29, será iniciada a solicitação de vagas remanescentes para novos estudantes.

 

Preços de material escolar apresentam grande variação

Além da renovação de matrícula, o início do ano também é período para a compra de material escolar. Nesse momento, uma velha dica vale muito: pesquisar. Os preços dos itens da lista de material escolar variam bastante. Pesquisa realizada pela reportagem do JORNAL DE FATO em três livrarias comprova.

O preço de uma tesoura, por exemplo, varia de R$ 2,10 a R$ 8,02, um caderno de desenho vai de R$ 9,20 a R$ 14,10 e um pincel, de R$ 2,50 a R$ 5,64. “A dica para economizar realmente é a pesquisa. Os pais devem ir a várias livrarias, várias lojas e buscar sempre o menor preço”, orienta a diretora do Procon Municipal, Vera Araújo.

Os pais devem ficar atentos também à lista de itens exigidos pela escola. Muitas vezes, há produtos que não são obrigatórios e a sua exigência é considerada abusiva. “Os abusos mais comuns são na solicitação de material de uso coletivo. O material solicitado para a criança deve ser de uso individual, para a própria criança. No entanto, algumas escolas ainda pedem material de uso coletivo, tipo lápis para escrever no quadro, excesso de copos descartáveis e, até, material de limpeza”, alerta Vera.

O consumidor que tiver dúvidas pode procurar o Procon para solicitar a lista de itens que podem ser exigidos, presencialmente ou pelo telefone 3315-5049.

 

Lista de material que não pode ser solicitado pelas escolas

1. Álcool hidrogenado

2. Algodão

3. Bolas de sopro

4. Canetas para lousa

5. Carimbo

6. Copos descartáveis

7. Elastex

8. Esponja para pratos

9. Fantoche

10. Fita, cartucho ou tonner para impressora

11. Fitas adesivas

12. Fitas decorativas

13. Fitas dupla face

14. Fitilhos

15. Flanela

16. Giz branco ou colorido

17. Grampeador

18. Grampos para grampeador

19. Guardanapos

20. Isopor

21. Lenços descartáveis

22. Livro de plástico para banho

23. Maquiagem

24. Marcador para retroprojetor

25. Material de escritório

26. Material de limpeza

27. Medicamentos

28. Palito de dente

29. Palito para churrasco

30. Papel higiênico

31. Pasta suspensa

32. Piloto para quadro branco

33. Pincéis para quadro

34. Pincel atômico

35. Plástico para classificador

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