Uma tenda inflável é montada nas cidades contempladas pelo projeto
O produtor mossoroense Jocélio Barbosa está à frente de um projeto que leva o cinema aos alunos de escolas públicas de 10 municípios do Rio Grande do Norte. Por meio do projeto Cine Sertão, as crianças têm a experiência de assistir a um filme, através de uma tela de cinema, dentro de uma tenda inflável.
Desde que começou a ser executado, o projeto já passou por duas cidades (Janduís e Patu) e vai ocorrer nesta semana na cidade de Upanema e, em seguida, Felipe Guerra. Jocelito Barbosa explica que é firmada uma parceria com a Secretaria de Educação de cada município onde o projeto vai passar, para que sejam escolhidas as escolas que serão contempladas com esse projeto.
“Nós entramos em contato com a Secretaria de Educação dos Municípios, informamos o dia em que estaremos na cidade e eles (a secretaria) selecionam as crianças para participar do projeto. A prioridade são as crianças das escolas públicas, mas se tiver vaga, colocamos também os estudantes das escolas particulares”, explicou.
O produtor explicou ainda que as sessões, que são transmitidas em 3D, duram, em média, 10 minutos e que em cada sessão podem assistir 30 crianças. “São 30 crianças por sessão. Geralmente, começamos a transmitir às 7h e paramos às 17h. Se for levado em conta que em uma hora de transmissão nós conseguimos levar o cinema para mais de 100 crianças, pode-se ver a maravilha desse projeto”, disse o produtor.
Jocelito Barbosa informou que a ideia de criar esse projeto surgiu diante da dificuldade que o povo potiguar tem de ter acesso ao cinema. “Por muitos anos, Mossoró ficou sem cinema e agora só temos depois da construção do shopping. Muitas crianças do interior do estado não têm acesso a essa arte, principalmente aquelas mais carentes. Nossa intenção é levar essa arte para todos os locais do estado”, disse.
A previsão é que o projeto siga até o mês de abril e passe por mais sete cidades do estado. Para que esse projeto possa ser executado, ele foi aprovado na Lei Câmara Cascudo (lei estadual de cultura) e os recursos captados por meio do patrocínio com a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN). “Não terá nenhum custo para o Município. Tudo é bancado pela lei. Teremos, também, oficina para as crianças maiores sobre o meio ambiente, na qual vamos trabalhar o turismo sustentável, e de comunicação”, lembra.
Jocelito Barbosa critica, ainda, a falta de funcionamento de lei de cultura municipal. “Caso a lei municipal de cultura estivesse realmente funcionando, teríamos muitos projetos em execução. No entanto, existe a lei, mas ela não está em pleno funcionamento”, disse.
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