Quinta-Feira, 28 de março de 2024

Postado às 10h15 | 08 Mai 2018 | Redação Mato, lixo e buraqueira castigam o conjunto Vingt Rosado

Crédito da foto: Rua Maria Célia ganhou uma “piscina” de lama cruzando de lado a lado

Um dos conjuntos populares mais importantes de Mossoró, o Vingt Rosado (zona leste) sofre com o abandono do poder público municipal, segundo reclamação de seus moradores feita ao JORNAL DE FATO. Lixo acumulado, mato tomando conta dos logradouros públicos, unidade de saúde sem pleno funcionamento, escuridão e a completa falta de segurança.

A equipe do JORNAL DE FATO foi ao conjunto verificar in loco a situação e constatou que o cenário é de abandono.

Logo na entrada do conjunto pela via principal, o asfalto está avariado. Há poucos dias, a Secretaria de Obras do Município realizou a “operação tapa-buraco”, mas não resolveu o problema porque a malha viária ficou cheia de pequenas “lombadas”. O motorista Carlos Eduardo de Freitas, que reside no habitacional, queixa-se do problema. “Não tem como transitar normalmente. As ruas estão esburacadas”, denunciou.

Nas ruas de acesso à praça de lazer da primeira etapa, o calçamento cedeu e os buracos se formaram. A Rua Maria Célia, por exemplo, tem uma “piscina” cruzando de lado a lado. Os veículos têm dificuldade para passar e os pedestres sofrem com a situação. “Já reclamamos várias vezes, mas nada foi feito. Estamos abandonados”, queixou-se a comerciária Ana Maria, que mora próximo.

A praça também reflete a falta de zelo do poder público. É o retrato do abandono. O matagal tomou de conta de todas as áreas. No período noturno, quando as pessoas que trabalham durante o dia costumam frequentar, a pouca luz é um problema. As luminárias estão funcionando, mas o mato e as árvores que não são podadas prejudicam a iluminação.

De frente à praça, outro problema grave, também causado pelo matagal. É o acesso à Unidade Básica de Saúde Dr. Aguinaldo Pereira, que está prejudicado. O mato invadiu a área. Além de prejudicar o acesso, provoca problemas, como o surgimento de mosquitos e insetos.

Para se ter ideia do tamanho do problema, um beco de acesso à Rua Raimundo Melo Nepomuceno está interditado pelo matagal. Os moradores temem pela segurança, uma vez que o local pode servir para ação marginal.

Outra gravidade, reclamada pelos moradores, é o canal a céu aberto que cruza a extensão da primeira etapa do Vingt Rosado. O lixo está acumulado, já que a coleta não é feita com frequência, e com as águas das chuvas a situação ficou bem difícil. “Temos que conviver com todo tipo de inseto e ameaça a nossa saúde”, reclamou a dona de casa Maria Conceição Nunes.

 

SEST/SENAT

Nem o acesso a estabelecimento de ensino e qualificação está preservado pelo Município. É o caso da unidade do Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST/SENAT), inaugurado há poucos meses. As vias de acesso estão todas tomadas pela buraqueira e lamaçal.

O sistema fez um investimento alto para beneficiar jovens estudantes de Mossoró, instalando uma estrutura moderna e de alto padrão, mas não conseguiu do Município a estrutura mínima de acesso.

Se o estudante optar pelas vias de dentro do conjunto, enfrenta um acesso de barro que ficou bastante prejudicado pelas chuvas. Se faz opção por uma via alternativa, que passa ao lado do posto de combustível, também se depara com buracos e lama.

Esse é o quadro caótico de um dos principais conjuntos populares de Mossoró, localizado à margem da BR-110, saída para Areia Branca.

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