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Postado às 11h15 | 24 Mai 2018 | Redação Paralisação dos caminhoneiros pode reduzir transporte coletivo no município

Crédito da foto: Divulgação A greve dos caminhoneiros poderá reduzir a frota de ônibus em Mossoró

A greve dos caminhoneiros, que entrou no quarto dia de protestos em todo o país, poderá reduzir a frota de ônibus em Mossoró. A informação foi repassada pela assessoria de comunicação da Cidade do Sol, concessionária do transporte coletivo no município.

O diretor da empresa, Waldemar Araújo, informou que a concessionária avalia como tomar a medida. Segundo ele, a situação é “gravíssima”.

“Estamos avaliando quais horários de menor demanda, para ações emergenciais e informar à população. A situação é gravíssima”. O diretor acrescenta que a empresa foi atingida com aumento de 42% nos custos com combustíveis, entre 3 de julho de 2017 e 18 de maio de 2018.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano - NTU, o setor já acumula perda de R$ 1 bilhão com aumento do combustível, que está dez vezes acima da inflação no acumulado do ano. E, em Mossoró, a situação não é diferente.

Waldemar Araújo alerta que a situação está ficando insustentável; a empresa não consegue absorver a alta acumulada no preço do diesel, em Mossoró. “É um impacto fortíssimo, porque o combustível representa 23% dos nossos custos”, adverte Waldemar Araújo, acrescentando que a gravidade da situação tem levado empresas, em outras cidades, a buscarem reajustes emergenciais, dos preços das passagens.

“Não é aumento de passagem que queremos para Mossoró. O que precisamos é de ações que desonerem o custo do transporte, como a fiscalização eficiente ao transporte ilegal, e outras medidas que estimulem as pessoas a usar o ônibus como meio de transporte”, ressalva.

Segundo dados da própria Petrobras, em 45 dias, de 4 de abril a 18 de maio, houve aumento de 25,42% nas refinarias. E a NTU revela que os reajustes sucessivos contribuiriam para que 33% das 1,8 mil empresas de transporte urbano no país estejam endividadas.

Diante disso, as empresas, através das entidades nacionais que as representam, tentam medidas junto ao Governo Federal. “Mas, não podemos esperar por isso. O município tem responsabilidade, na condição de poder concedente, direta na busca do equilíbrio econômico do contrato que reflete diretamente na qualidade do transporte público, e precisa agir em sua defesa em Mossoró”, assinala Waldemar Araújo.

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