Barracas já estão sendo fechadas na Conab
Edilson Damasceno/Da Redação
Até quando os feirantes da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) vão resistir sem o abastecimento de verduras e frutas? Ontem (29), a equipe do JORNAL DE FATO esteve no local e percebeu que algumas barracas já estão fechadas e em outras, os produtos estão ficando escassos. Grande parte do que está sendo vendido na Conab ainda vem da agricultura familiar que é produzida, especificamente por pequenos produtores de Mossoró mesmo. Mas não se sabe até quando a produção local vai sustentar a demanda.
A situação ainda não está dramática, mas poderá ficar a qualquer momento. A priori, tendo como princípio que a movimentação interna no pátio de descarregamento de produtos caiu consideravelmente, não se tem perspectiva de quando poderá haver alteração de cenário, isso pelo fato de que os produtos vendidos na Conab, em alguns casos, vêm de outras regiões. E, como são produtos que demandam tempo para ficar prontos ao consumo, pode ser que haja desabastecimento de alguns, pelo simples fato de que a produção é cíclica e, por isso, não tem a todo momento.
A paralisação dos caminhoneiros, que é legítima, afeta a economia de maneira geral. Em Natal, a Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (CEASA) enfrenta, em escala bem maior, o que ocorre na Conab de Mossoró: o desabastecimento de produtos, principalmente, e hortifrutigranjeiros.
Em alguns estados, a paralisação dos caminhoneiros afetou, direta ou indiretamente, alguns serviços públicos e uma das áreas afetadas foi a saúde. Contudo, o movimento dos caminhoneiros decidiu liberar carros que transportavam medicamentos e insumos do setor. Em Mossoró, não se tem notícia de problemas nesse sentido. A única ressalva, em se tratando de serviços públicos, está na recuperação de ruas e avenidas que estão esburacadas em decorrência do período chuvoso.
Ainda na segunda-feira, a Prefeitura de Mossoró anunciou que, em consequência da paralisação dos caminhoneiros, não seria possível dar continuidade à operação tapa-buraco iniciada pela Secretaria Municipal da Infraestrutura. Segundo a titular da pasta, engenheira Kátia Pinto, a suspensão dos serviços é temporária. “Informamos que a paralisação é momentânea. Assim que houver a liberação dos caminhões, voltaremos à recuperação das nossas vias”, disse a secretária.
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