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Postado às 11h00 | 08 Fev 2019 | Redação Em greve, servidores da Saúde preparam ato e criam “bloco carnavalesco”

Crédito da foto: Divulgação Greve dos servidores da Saúde ocorre desde o dia 5 de fevereiro

Em greve desde o dia 5 de janeiro devido os atrasos salariais, os servidores da Saúde do Rio Grande do Norte estão realizando uma série de movimentações para chamar a atenção do Governo do Estado para a situação. Em Mossoró, os servidores em greve decidiram criar, de forma descontraída, um bloco carnavalesco intitulado “Os Caloteados”, em alusão ao atraso no pagamento.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (SINDSAÚDE), regional de Mossoró, informou que a decisão de formar o bloco carnavalesco surgiu durante uma viagem que os servidores faziam para a Governadoria, em Natal. O nome do bloco de carnaval é em alusão às pessoas que são caloteadas, ou seja, não recebem pagamento.

“Durante a caravana, houve uma assembleia improvisada, em que surgiu a ideia de protestar contra o “calote” do governo Robinson Faria, perpetuado pelo governo Fátima Bezerra, dos três a quatro meses de salários atrasados. O nome surgiu a partir de um questionamento: se quem dá calote é caloteiro, quem sofre o calote é o quê? Responderam ‘Os caloteados’. Daí, já surgiu o nome do bloco de carnaval”, informou a assessoria.

O I Bloco de Carnaval da Saúde de Mossoró está marcado para acontecer no dia 22 de fevereiro, com saída prevista para acontecer na sede do Sindsaúde, regional de Mossoró. “É um bloco de servidoras e servidores públicos estaduais, protestando de maneira carnavalesca contra o calote dos governos. Integra, assim, o calendário de greve do Sindsaúde/Mossoró”, informou a assessoria.

Além do bloco criado para lidar de forma criativa com os atrasos de salários, os servidores da saúde realizam nesta sexta-feira, 8, um ato em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), maior hospital de urgência e emergência da região. Nesta quinta-feira, 7, representantes do Sindsaúde regional de Mossoró estiveram reunidos com servidores da Saúde que também estão em greve, no Hospital Walfredo Gurgel, dando força ao movimento de greve.

Os servidores da Saúde demonstram bastante insatisfação com o que a governadora Fátima Bezerra vem tratando como prioridade no pagamento nestes primeiros meses de gestão. Eles esperavam que ela fosse mudar a realidade dos salários atrasados das categorias. “Os servidores esperavam uma resposta mais incisiva, mais direta do governo Fátima. Esperavam que ela buscasse se esforçar mais para resolver a situação dos salários atrasados”, informou a assessoria.

O Sindsaúde toma como exemplo a remoção de recursos de pagamentos da OAS, que é uma empresa que está envolvida em escândalos de corrupção. Cita ainda que poderiam existir outras possibilidades de conseguir o dinheiro sem ser pela liberação dos royalties (medida extraordinária), como a possibilidade de pagar à empresa que gerencia a Arena das Dunas, ou até mesmo a cobrança de dívidas antigas de empresas.

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