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Postado às 10h15 | 23 Mai 2019 | Redação Reunião entre Sesap e Hospital Tarcísio Maia prevê liberação de leitos

Crédito da foto: Arquivo Atualmente, o HRTM está com 12 leitos da enfermaria interditados e aguarda a inauguração de 20 novos

Amina Costa/Da Redação

O Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) é o principal equipamento da saúde pública que atende mais de 60 municípios da região Oeste do estado e passa por alguns problemas estruturais que prejudicam seu pleno funcionamento. Com a intenção de sanar este problema, a Secretaria de Saúde Pública (SESAP) esteve no local, verificando o andamento de trâmites para a liberação de leitos de UTI e da enfermaria.

Atualmente, o segundo maior hospital de urgência e emergência do estado está com 12 leitos da enfermaria interditados, devido questões estruturais, com pequenas fissuras e rachaduras, o que vem prejudicando o andamento dos atendimentos do local. O diretor administrativo do HRTM, Walmir Alves, explica que situações frequentes de macas presas no hospital se dão pela deficiência no número de leitos.

“Esses leitos estão interditados devido pequenos problemas estruturais. São pequenas fissuras e rachaduras que impossibilitam a permanência de pacientes e funcionários no local. São 12 leitos que acabam prejudicando o andamento do hospital, porque os pacientes acabam ficando mais tempo nos corredores e no repouso, por não ter vaga na enfermaria. Isso provoca ainda a retenção de macas das ambulâncias do Samu, que é algo frequente de acontecer”, explicou o diretor administrativo do HRTM.

O diretor administrativo explicou ainda que os novos leitos de UTI que foram construídos recentemente pelo Governo do Estado não estão com as obras paralisadas. “As obras dos 20 novos leitos foram concluídas, em sua parte estrutural. Para que os leitos comecem a funcionar, é necessário um trâmite burocrático que inclui a aquisição de maquinário e a ampliação da subestação da rede elétrica”, disse.

O diretor administrativo informou que atual subestação da rede elétrica que abastece o hospital não tem capacidade de funcionar em uma ampliação do local, por isso a necessidade de ampliação. Walmir Alves disse ainda que já foi feito o pedido desta ampliação, bem como da aquisição dos equipamentos que serão utilizados nos novos leitos da UTI do Tarcísio Maia. Atualmente, HRTM conta nove leitos de UTI, para atender pacientes de diversas cidades do oeste do estado.

Walmir Alves informou ainda que não existe um cronograma com a conclusão dessas demandas, mas espera que num prazo de dois meses, pelo menos os 12 leitos da enfermaria sejam reparados. “Foi aberto o processo de licitação para os reparos da estrutura da enfermaria, para que os 12 leitos possam voltar a funcionar. Creio que em 60 dias esse processo seja concluído, já que se trata de pequenos reparos, que não demandam muito tempo para fazer”, disse o diretor administrativo.

Em relação aos novos leitos de UTI, Walmir Alves explica que não existe previsão para a conclusão deles, e afirma que, sendo muito otimista com a situação, a previsão é de que tudo esteja pronto até o final do ano. O diretor do HRTM explica ainda que a falta de recursos é o pior entrave encontrado pela Sesap para resolver os problemas da saúde do estado.

“Estamos com vários serviços solicitados, que dizem respeito à estrutura do Tarcísio Maia, como pintura da fachada e troca de mobília, que são fundamentais para a continuidade do nosso serviço. Infelizmente, herdamos um hospital e uma saúde pública sucateada e precisamos tentar trabalhar com os recursos que têm, a fim de continuar com os trabalhos que são prestados à população de Mossoró e região”, finaliza o diretor administrativo.

Sindicato elenca pontos para melhorar situação da saúde no estado

O Sindicato dos Servidores da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SINDSAÚDE), regional de Mossoró, informou à reportagem do JORNAL DE FATO alguns pontos que os servidores consideram necessários para resolver a situação da saúde pública do estado. Para o sindicato, a convocação dos aprovados no último concurso é uma das alternativas para este contexto.

Ainda de acordo com o sindicato, a convocação deve contemplar não apenas o HRTM, mas também hospitais regionais de outras cidades, como Angicos, Caraúbas e Apodi. Com isto, será possível diminuir a sobrecarga do trabalho de funcionários que estão atualmente trabalhando nos hospitais do estado.

“O Sindsaúde/RN - regional de Mossoró afirma que, para encaminhar soluções resolutivas para o estado caótico que se encontra o Hospital Regional Tarcísio Maia, é imprescindível não apenas a convocação das pessoas aprovadas no último concurso público, como também que um número suficiente de vagas seja alocado para o HRTM e para outros hospitais regionais do interior, como Angicos, Caraúbas e Apodi - que se encontram praticamente abandonados no que tange à gestão pública estadual. Só assim, será possível reduzir a sobrecarga de trabalho, que se expressa na generalização dos plantões eventuais que, apesar dos rendimentos extras, impõem uma carga laboral desumana para profissionais de saúde”, informou a assessoria do sindicato.

Os servidores citam ainda a entrega dos leitos, tanto da UTI quanto da enfermaria, como sendo de suma importância para a garantia do atendimento no HRTM. “Faz-se necessária a aceleração e entrega o quanto antes das obras referentes aos novos leitos de UTI e enfermarias, bem como a garantia do suprimento desses novos leitos em equipamentos médico-hospitalares, tais como respiradores, oxímetros, monitores, dentre outros. Por fim, reivindicamos a separação e reserva de espaços específicos para repouso masculinos e femininos, que hoje se encontram sem separação real, ocasionando assim situações desconfortáveis a servidores que lá trabalham”, finaliza o Sindsaúde.

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