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Postado às 20h45 | 11 Ago 2017 | Redação Lava Jato: Fábio Faria e Patrícia Abravanel querem anular delação da J&F no Supremo

Principal elemento usado pelo defensor será o áudio enviado a Patrícia pela mulher de Joesley Batista, dono do Grupo J&F, no qual ela contesta um trecho do anexo da delação premiada de Saud em que ele cita o pagamento de propina a Robinson e Fábio

Crédito da foto: web Deputado Fábio Faria e a mulher Patrícia Abravanel vão ao STF contra Ricardo Saud

A defesa do deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) e de sua mulher, a apresentadora de TV Patricia Abravanel, vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da delação premiada do diretor de relações institucionais da JBS, Ricardo Saud.

O pedido ao STF será formalizado pelo advogado José Luís Oliveira Lima já na próxima segunda feira (14), por meio de uma petição à ministra Rosa Weber responsável na Corte pela investigação sobre Faria e seu pai, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).

O principal elemento usado pelo defensor será o áudio enviado a Patrícia pela jornalista e apresentadora de TV Ticiana Villas Boas, mulher de Joesley Batista, dono do Grupo J&F, no qual Ticiana contesta um trecho do anexo da delação premiada de Saud em que ele cita o pagamento de propina a Robinson e Fábio Faria.

“A mulher do maior acionista do grupo, Ticiana, encaminhou a Patrícia Abravanel um áudio em que diz textualmente diz que Ricardo Saud mentiu”, afirma Oliveira Lima.

Patricia, que é filha do dono do SBT, Silvio Santos, já entrou na Justiça paulista com uma ação por danos morais contra Saud, em que pede o pagamento de uma indenização de, no mínimo, 300.000 reais.

Na mensagem, enviada Patricia Abravanel no início de junho, Ticiana Villas Boas presta solidariedade e desmente a versão de Ricardo Saud de que um jantar na casa de Joesley antes das eleições de 2014, do qual Patricia participou, destinou-se à negociação de pagamentos indevidos ao governador e ao deputado.

A mulher de Joesley Batista classifica o relato do executivo como “loucura total” e continua: “então, o que eu quero falar é que eu acho um absurdo isso tudo… que tá acontecendo. É… aquele jantar, imagina só, não tem nada a ver… do que falaram, foi um jantar normal, eu não vi nada de, de, de, dinheiro, de… de nada que beirasse ser ilícito”. Ticiana ainda se dispõe a testemunhar em defesa de Patricia caso necessário.

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