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Postado às 14h30 | 06 Set 2017 | Redação Empresa teria comprado terreno por R$ 7 milhões onde seria construído o Instituto Lula

A DAG, do empresário Dermeval Filho, foi usada como laranja na compra do terreno. A compra do terreno em SP e a de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, são investigados pela Lava Jato

Crédito da foto: Arquivo Instituto Lula seria beneficiado com um terreno comprado por uma empresa no valor de 7 milhões de re

Reportagem do portal de notícia G1, direto de Curitiba (PR), revela trecho do depoimento do empresário Dermeval Gusmão Filho, dono da empresa DAG, em que ele admitiu, que comprou o terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula. Ele contou, ainda, que pagou R$ 7 milhões de forma oficial.

O depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, aconteceu na manhã quarta-feira (6), e ocorreu um dia após a nova denúncia da Procuradoria-Geral da República, em que Lula é acusado de chefiar quadrilha criminosa que roubou a Petrobras. Também foram denunciados a ex-presidente Dilma Rousseff, a senadora e atual presidente do PT Gleisi Hoffman e outro quatro ex-ministros de Lula e Dilma (LEIA AQUI).

A matéria, assinada pela jornalista Alana Fonseca, diz que “segundo a força-tarefa da Lava Jato, a DAG foi usada como laranja na compra do terreno. A compra do terreno em São Paulo e a de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, são investigados pela operação.”

E continua: “Durante o depoimento, Dermerval relatou que o primeiro contato que teve com o terreno foi em uma reunião com um então executivo da Odebrecht.”

"No final de julho de 2010, início de agosto de 2010, fui procurado por Paulo Melo, então diretor da Odebrecht Realizações no estado de São Paulo, me convocando para uma reunião. Essa reunião aconteceu, primeiramente, no escritório dele. Paulo me coloca uma oportunidade de negócio: a Odebrecht tinha identificado um terreno para construir um empreendimento", explicou.

Ainda de acordo com o empresário, a Odebrecht não queria, naquele momento, aparecer como a compradora do terreno. "O argumento era de que era um terreno pequeno e que na Odebrecht, por ter um porte maior, os vendedores veriam uma oportunidade de aumentar o valor", afirmou.

Demerval conta que, então, foi chamado para ser terrenista, com a promessa de ser sócio no futuro. "Eu disse que tinha interesse, sim", relatou. O empresário ainda contou sobre um almoço com o empresário Marcelo Odebrecht, poucos dias depois.

"No meio da conversa, Marcelo me pergunta se Paulo Melo haveria me passado ou se já tinha comentado comigo sobre a compra do terreno para a construção Instituto Lula. Eu disse que ele tinha me falado da compra do terreno, mas não da construção do Instituto Lula", lembra.

Na sequência, Demerval conta que Marcelo disse a ele que era o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Teixeira, quem estava coordenando a identificação e a compra do terreno para a futura sede do Instituto Lula.

"Ele [Marcelo] disse que ele e a Odebrecht tinham sido chamados para ajudar nisso e que ele viu, ali, uma oportunidade de negócio para mim", completou. Dermerval afirmou ao juiz que viu uma boa oportunidade de negócio e que teve outras reuniões com Paulo e também com Roberto.

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA DO G1 - PR

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