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Postado às 20h15 | 21 Set 2017 | Redação Mansão de Sérgio Cabral será leiloada com lance mínimo de R$ 6,4 milhões

Crédito da foto: Reprodução A casa tem quase 500 metros quadrados de área construída, com duas piscinas, sauna e churrasqueira

Do G1 – RJ

A Justiça Federal do Rio vai leiloar um dos imóveis de luxo do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), como mostrou o RJTV desta quinta-feira (21). O lance mínimo da mansão em um condomínio fechado em Mangaratiba é de R$ 6,4 milhões. A casa tem quase 500 metros quadrados de área construída, com duas piscinas, sauna e churrasqueira.

O leilão é uma das consequências da indenização fixada na condenação escrita pelo juiz Marcelo Bretas, no valor de R$ 224 milhões, que será paga com bens apreendidos. A condenação foi divulgada na quarta (20), por crimes investigados pela Operação Calicute, um dos desdobramentos da Lava Jato.

Cabral foi condenado a 45 anos e 2 meses de reclusão, além de multa, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa.

Segundo denúncia da Operação calicute, o esquema desviava verbas do contratos do governo do RJ com empreiteiras. Além de Cabral, a sentença do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal também condena outras 11 pessoas por participação no esquema. A esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, foi sentenciada a 18 anos e 3 meses de prisão.

Cabral foi preso em novembro e atualmente está em Benfica, no presídio onde ficava o antigo Batalhão Especial Prisional (BEP). Já Adriana Ancelmo, que foi condenada pela primeira vez nesta quarta, cumpre prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon.

Na sentença Cabral é descrito como "idealizador do gigante esquema criminoso institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, era o chefe da organização, cabendo-lhe essencialmente solicitar propina às empreiteiras que desejavam contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em especial a Andrade Gutierrez, e dirigir os demais membros da organização no sentido de promover a lavagem do dinheiro ilícito".

"Assim é que Sérgio Cabral solicitou a Rogério Nora, presidente da Andrade Gutierraz, o pagamento de propina, para que a que referida empreiteira fosse admitida a contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em reunião realizada no início de 2007, na casa do ex-governador, solicitação essa que foi reforçada em outra reunião, dessa vez realizada no Palácio Guanabara. Ato contínuo, promoveu a lavagem do dinheiro espúrio angariado, de diferentes formas, valendo-se dos demais réus, inclusive de Adriana Ancelmo, sua companheira de vida e de práticas criminosas", acrescenta o juiz no documento.

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