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Postado às 18h30 | 13 Nov 2017 | Redação STJ autoriza MPF investigar governador Robinson por organização criminosa

Crédito da foto: Arquivo Stuação do governador Robinson Faria é bem delicada na Operação Antero

O Ministério Público Federal (MPF) vai abrir nova linha de investigação contra o governador Robinson Faria (PSD-RN) por supostos crimes de usura, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A investigação foi autorizada nesta segunda-feira (13) pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A investigação deriva da Operação Anteros, em que o governador foi alvo de mandados de busca e apreensão e teve pessoas próximas e ex-assessores presos durante a ação da Polícia Federal. Robinson é apontado como um dos principais envolvidos no esquema de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa, período que ele era o presidente da Casa. Os detalhes constam na delação premiada de Rita das Mercês Reinaldo, ex-procuradora-geral da ALRN.

A decisão monocrática do ministro Raul Araújo, relator da ação penal número 880 (que apura obstrução de Justiça), determina que a Polícia Federal colha depoimento de 12 ex-servidores da Assembleia Legislativa do Estado.

A Assembleia também será notificada para enviar cópia dos atos de investidura e desinvestidura desses servidores nos cargos ou funções e informações sobre pagamentos recebidos por eles.

O MPF queria o afastamento do governador das suas funções e impedir o acesso dele tanto à sede do Governo como à Assembleia, mas o pedido foi rejeitado pelo ministro Raul Araújo.

 

OBSTRUÇÃO DA JUSTIÇA

A Operação Anteros foi realizada no dia 15 de agosto, pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal. Teve o objetivo de investigar suposto crime de obstrução da Justiça por parte de Robinson Faria e assessores.

Foram presos temporariamente Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos Reis, o “Zé Bonitin”, pessoas de confiança do governador.

A Anteros derivou de outra operação, a Dama de Espadas, que desmantelou esquema criminoso de desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa através de funcionários fantasmas.

Rita das Mercês, a “cabeça” do esquema, apontou Robinson como principal beneficiado. Ele teria recebido uma “mesada” de R$ 100 mil entre os anos de 2006 e 2010, quando era presidente do legislativo potiguar.

COBERTURA COMPLETA NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL DE FATO DESTA TERÇA-FEIRA (14)

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