Quinta-Feira, 28 de março de 2024

Postado às 10h15 | 30 Set 2018 | Redação IstoÉ diz que avião de construtora de Mossoró levou R$ 6 milhões a pedido de Lula

Avião da construtora mossoeoense CLC teria feito transporte de R$ 6 milhões, por orientação do ex-presidente Lula, para irrigar a campanha do deputado Weverton Rocha, do PDT do Maranhão, ao Senado. A reportagem é da revista IstoÉ que está nas bancas

Crédito da foto: Reproduçã Avião da construtora CLC caiu no Ceará no dia 14 de setembro

O avião da construtora mossoeoense CLC teria feito o transporte de R$ 6 milhões, por orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para irrigar a campanha do deputado Weverton Rocha, do PDT do Maranhão, ao Senado Federal. A reportagem de capa é sobre como Lula, direto da prisão de Curitiba, está operando a campanha de Fernand Haddad (PT) à Presidência do Brasil.

O material jornalístico diz que Lula, condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, transformou a sala-cela em Curitiba no QG da candidatura de Fernando Haddad. De lá, o petista articula a cooptação de caciques regionais e até entregas de dinheiro por meio de jatinhos.

Veja o trecho que envolvendo a CLC no esquema de envio de dinheiro:

“Avião com R$ 6 milhões a bordo caiu em Boa Viagem (CE). Mas os recursos chegaram no destino: a campanha de Weverton Rocha, PDT.

Conforme apurou ISTOÉ, um avião experimental Cirrus, da Vokan Seguros, a serviço da empreiteira CLC (Construtora Luiz Carlos), foi quem cuidou do transporte do dinheiro do Ceará com destino a São Luis.

A CLC faz um trecho da BR-222, na região de Sobral (CE), uma obra do Ministério dos Transportes. No trajeto, percorrido no dia 14 de setembro, uma quase-tragédia: o avião acabou caindo com o dinheiro a bordo na cidade de Boa Viagem. Os recursos eram escoltados por um policial.

Com o acidente, outros agentes foram ao local imaginando que a aeronave pudesse transportar drogas. Coube ao policial a bordo do Cirrus a tarefa de tranquilizar os colegas, dizendo-lhes que não se preocupassem com a ocorrência, pois ninguém havia ficado ferido.

O dinheiro, contudo, chegou ao destinatário final, cumprindo os desígnios de Lula: a campanha do pedetista Weverton – convertido a empedernido cabo eleitoral de Haddad.

Mas ainda havia uma ponta solta no novelo da costura feita por Lula no Maranhão. Era preciso atrair para seu arco de alianças o ex-senador José Sarney e sua filha Roseana, candidata do MDB ao governo do Estado contra Flávio Dino.

A família Sarney vinha trabalhando pela eleição do presidenciável do partido, Henrique Meirelles, mas a conduta mudou quando Sarney recebeu o recado de Lula, transmitido por meio de Gilberto Carvalho: “Quero a família Sarney na campanha do Haddad”, determinou Lula da cadeia. Os Sarneys fecharam também com Lula. Resultado: Haddad cresceu no Maranhão de 4% para 36% e Ciro estagnou nos 13%.

Na abertura da reportagem, a revista discorre:

“Preso há seis meses numa sala-cela da PF em Curitiba, o ex-presidente Lula está apenas no início do cumprimento de uma pena de 12 anos e 1 mês de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Teoricamente, o cárcere deveria servir para o réu se regenerar dos crimes cometidos, não voltar a delinqüir e deixar o presídio após o final da pena apto a se reintegrar à sociedade, devidamente recuperado. Mas Lula parece não se emendar.

Ao exercer sem qualquer cerimônia ou pudor o papel de coordenador da candidatura do presidenciável Fernando Haddad (PT), o petista transformou a sala-cela num QG da campanha, onde acontecem manobras pouco ortodoxas no vale-tudo para eleger o petista. Sob as barbas das autoridades, Lula vale-se da estrutura carcerária para operar a estratégia eleitoral petista, colocando em prática métodos nada republicanos no esforço para cooptar apoios de partidos como MDB, PR, PP e PDT para o “projeto Haddad”.

Conforme apurou ISTOÉ, além de promessas de cargos no futuro governo do PT, Lula articula vantagens financeiras destinadas a irrigar as campanhas dos que se dispõem a serem convertidos a novos aliados.

 A máquina eleitoral é comandada por meio de bilhetinhos, à la Jânio Quadros, só que de dentro da cadeia, os quais o petista faz chegar às mãos de assessores de altíssima confiança. Integram o time de pombos-correios de Lula o ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho, o advogado Cristiano Zanin, o deputado José Guimarães (PT-CE) e do próprio Haddad, que o tem visitado na condição de advogado. O teor das mensagens é repassado pelos assessores aos políticos aos quais se destinam as determinações.”

LEIA A REPORTAGEM DA ISTOÉ CLICANDO AQUI

Tags:

Construtora CLC
Mossoró
Lula
avião
Weverton Rocha
IstoÉ
Fernando Haddad

voltar