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Postado às 11h45 | 23 Jan 2019 | Redação "Se ele errou, terá que pagar por isso", afirma Bolsonaro sobre o filho Flávio

Crédito da foto: Reprodução Presidente Jair Bolsonaro com o filho Flávio Bolsonaro

Em entrevista para uma agência de notícias em Davos, na Suíça, nesta quarta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que se o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), seu filho mais velho, errou e se isso for provado, ele terá que pagar pelos atos dele.

“Se por acaso ele errou, e isso for provado, eu lamento como pai, mas ele terá que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar”, afirmou o presidente.

As investigação sobre Flavio Bolsonaro corre o risco de "minar a agenda anticorrupção do presidente".

O filho do presidente está em situação bem desconfortável desde que foram divulgadas as movimentações financeiras atípicas de R$ 1,2 milhão do ex-assessor Fabrício Queiroz, registradas pelo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf).

A movimentação do ex-assessor chega a R$ 7 milhões em três anos, segundo revelou o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O GLOBO.

Uma das transações listadas diz respeito a cheques no total de R$ 24 mil destinados à primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente explicou tratar-se do pagamento de parte de uma dívida de R$ 40 mil.

A situação de Flávio Bolsonaro ficou ainda mais grave após a revelação pelo Jornal Nacional de que o Coaf encontrou 48 depósitos em dinheiro vivo no valor de R$ 2 mil entre junho e julho de 2017 nas contas bancárias de Flávio.

Flávio disse que o dinheiro é parte do pagamento da venda de uma cobertura em Laranjeiras, no Rio.

A transação em dinheiro vivo foi confirmada pelo ex-atleta Fábio Guerra, que comprou o imóvel. No entanto, as datas dos depósitos fracionados divergem dos pagamentos registrados na escritura de venda do imóvel.

Para piorar o baixo astral na família Bolsonaro, também veio à tona a informação de que Flávio Bolsonaro empregava a mulher e a filha do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia do Rio das Pedras e tido como o homem-forte do Escritório do Crime, organização suspeita do assassinato de Marielle Franco.

As informações surgiram após operação do Ministério Público contra milícias no Rio.

A mulher de Adriano, Danielle Mendonça da Costa, foi nomeada em 2007 poucos meses depois de Fabrício Queiroz, passar a integrar o gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, e permaneceu no cargo durante 11 anos até 13 de novembro do ano passado, quando foi exonerada a pedido - terminologia utilizada quando o servidor pede sua desvinculação do cargo comissionado.

* Com as informações de O GLOBO

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