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Postado às 08h30 | 07 Nov 2017 | Redação PM e Bombeiros anunciam paralisação para o dia 13; Governo diz que tomará medidas

No final da tarde desta segunda, 6, os policiais militares e bombeiros decidiram paralisar as atividades na próxima segunda-feira, 13. Em resposta, Robinson Faria desaprovou a iniciativa. Disse ainda que não vai admitir que os PM’s cruzem os braços

Crédito da foto: Cedida O governador Robinson Faria desaprova a paralisação e diz que tomará medidas

No final da tarde desta segunda-feira, 6, os policiais militares e bombeiros decidiram paralisar as atividades na próxima segunda-feira, 13, caso o Governo do Estado não pague o salário até lá. A iniciativa foi aprovada durante assembleia geral.

“O Governo diz, desde o começo de sua gestão, que a prioridade é a segurança pública, no entanto, nem mesmo o salário em dia está pagando e, pior que isso, não apresenta um cronograma. Hoje, os servidores vivem em um cenário de incertezas, contraíram dívidas e não têm mais como manter o funcionamento dos serviços sem receber. Por isso, os militares decidiram por se concentrarem em frente à Governadoria, no dia 13, e, caso o pagamento não seja feito até lá, paralisar as atividades durante esse dia”, explica Eliabe Marques, que preside a Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN).

Além dos bombeiros e policiais militares, o ato do dia 13 de novembro será em conjunto também com policiais civis, que deliberaram pela participação na mobilização durante Assembleia realizada na última quarta-feira (1º).

Dalchem Viana, presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Rio Grande do Norte, ressalta que a reivindicação é justa e a decisão por paralisação dos militares é conseqüência exclusiva dos atrasos de salários. “O auxílio transporte, por exemplo, faz parte do subsídio dos militares e como o pagamento não tem sido feito a locomoção dos servidores para o trabalho tem sido comprometida”.

Em nota, a Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Rio Grande do Norte explica os motivos da paralisação.

“Nós, Oficiais Militares, não iremos autorizar que viaturas em condições precárias e sem documentação obrigatória saiam para o policiamento, como também verificaremos validade de coletes balísticos, munições de todos os calibres e os demais equipamentos de proteção individual dos Policiais e Bombeiros Militares. Estamos cansados de, há décadas, operarmos num sistema em ruínas e, em virtude disso, enterrarmos, precocemente, irmãos de farda. Enfatizamos, também, que, além de termos o pior salário do sistema de segurança pública, ainda temos que tentar sobreviver com dois meses de atrasos nos salários, sem legalmente poder exercer qualquer outra função para complementação de renda”.

Governador reage a paralisação e diz que tomará medidas

Ao saber da paralisação, o governador Robinson Faria usou as redes sociais para desaprovar a iniciativa dos policiais militares e bombeiros. Segundo ele, não vai admitir que os PM’s cruzem os braços no dia.

“Não admito e tomarei todas as medidas, inclusive as mais drásticas se preciso for, para garantir o trabalho da segurança para a população”, escreveu o chefe do executivo e continuou.

“Não aceito insubordinação da Polícia Militar. Sou o governador que mais tem apoiado os PMs em suas reivindicações”, finalizou.

Em outra postagem, datada em 31 de outubro, Robinson Faria havia comunicado que “atendendo ao clamor da população pela atuação firme da segurança pública, e diante da grave crise econômica que enfrentamos e que nos obriga a fazer escolhas muito difíceis, determinei a equipe econômica do nosso governo que priorize o pagamento dos salários das polícias e órgãos de segurança. Estou todos os dias empenhado em resolver a meta número 1 do nosso governo que é colocar em dia o pagamento dos servidores. Vamos anunciar as datas de pagamento da segurança até segunda-feira e, na sequência, as das demais categorias.”

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