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Postado às 08h00 | 06 Dez 2017 | Redação Fim da linha para o perigoso traficante Rogério 157, chefe na Rocinha

Crédito da foto: Reprodução Rogério 157 na Cidade da Polícia, para onde foi levado após ser preso

Do G1 - RJ

A polícia prendeu, na manhã desta quarta-feira (6), o traficante Rogério Avelino dos Santos, o Rogério 157. Ele é o chefe do tráfico na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, e foi o responsável pelo início da guerra na comunidade em setembro desse ano. Rogério 157 era um dos bandidos mais procurados do Rio de Janeiro e foi preso na comunidade do Arará, na Zona Norte do Rio, e levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, onde deve prestar depoimento.

O traficante foi localizado durante uma ação das polícias Civil, Militar e Federal, da Força Nacional e das Forças Armadas nas comunidades da Mangueira, Tuiuti, Arará, Mandela 1, Mandela 2 e Barreira do Vasco. A recompensa por informações que levassem à prisão de Rogério 157 era de R$ 50 mil. Ele era procurado portráfico, associação para o tráfico de drogas, extorsão e homicídio.

Em setembro deste ano, uma batalha sangrenta entre facções rivais na Rocinha levou à realização de operações de segurança quase diárias, inclusive com o reforço das forças de segurança. Nos primeiros dias, 1.100 homens atuaram na favela, sendo 550 homens das forças armadas (Fuzileiros Navais, Exército e Força Aérea Brasileira) e 550 da Polícia Militar.

Rogério 157 era braço-direito do também chefe do tráfico na comunidade, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, que está no presídio federal de Rondônia. Após a prisão de Nem, Rogério Avelino assumiu o controle do tráfico na Rocinha.

Segundo testemunhas, em agosto desse ano, Nem teria determinado que Rogério 157 entregasse a comunidade. Rogério vinha impondo a cobrança de taxas para o comércio e controlando a venda de gás, água mineral e carvão, entre outras práticas típicas de milicianos, o que desagradou a Nem.

No Dia dos Pais, o que parecia ser uma trégua, foi o início da guerra. O depoimento diz que Rogério 157 chamou os traficantes “Perninha”, “99” e “Vasquinho”, aliados de Nem, para uma conversa; que nesta mesma conversa os traficantes “Perninha”, “99” e “Vasquinho” foram executados, a mando de Rogério.

Segundo a testemunha, depois de matar os rivais, Rogério convocou os chefes da facção a que pertencia para dizer que agora era ele quem mandava no morro. Muitos dos chefes não concordaram, dizendo que, mesmo na prisão, Nem ainda era o comandante do tráfico. Com a facção dividida, a guerra interna era questão de tempo.

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