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Postado às 10h15 | 27 Nov 2018 | Redação Polícia Federal cumpre sete mandados no presídio federal em Mossoró

Crédito da foto: Arquivo A ação tem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 27, a operação Érebo contra uma facção criminosa que atua dentro e fora da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, maior presídio de Roraima. A ação tem 45 mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Sete deles são cumpridos no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e 38 em Roraima.

Os mandados foram expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Justiça Estadual em Roraima, após representação da Autoridade Policial pelas medidas.

Com as investigações, iniciadas em 2017, a PF identificou e mapeou a estrutura da organização criminosa em Roraima, monitorando as principais lideranças que agiam no estado. Os elementos angariados em Inquérito Policial permitiram a identificação dos mentores responsáveis pelos diversos atentados que ocorreram em Roraima entre 29 e 31 de julho deste ano, além do cometimento de outros crimes, principalmente o próprio crime de participação em organização criminosa, o tráfico de drogas e a associação para o tráfico.

No período foram realizados ataques a diversos órgãos públicos e empreendimentos particulares em vários municípios do estado, inclusive a uma delegacia de polícia e a um destacamento da PM, além de bancos e outros.

As ordens para os atentados partiram de dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, maior penitenciária de Roraima, e foram dadas após a autorização do responsável pela organização no Estado, que se encontrava preso no Presídio Estadual de Piraquara, no Paraná.

O monitoramento dos líderes na região permitiu, ainda, que a PF, em parceria com outros órgãos de segurança pública do estado – a PM e a Divisão de Inteligência e Captura da Secretaria de Justiça de Roraima – impedisse o acontecimento de outros atentados planejados pelos investigados, destacando-se o incêndio do pátio onde ficam os ônibus de transporte coletivo de Boa Vista e a destruição dos veículos e maquinários envolvidos com a coleta e o processamento de lixo do estado. Foi impedida, ainda, uma fuga em massa da Penitenciária Agrícola programada para 29 de julho deste ano.

A operação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Estado de Roraima, do Departamento Penitenciário Nacional, da Divisão de Inteligência e Captura e de Agentes Penitenciários da Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima.

O nome da ação faz uma referência à mitologia grega. Érebo é nascido do caos e reina na escuridão, uma alusão ao surgimento e crescimento da facção no caos do sistema prisional.

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