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Postado às 10h00 | 26 Abr 2019 | Redação Levantamento aponta que somente 3,5% dos presos trabalham e 4,1% estudam no RN

Crédito da foto: EBC/Arquivo Dos 9.848 presos no Rio Grande do Norte, apenas 346 trabalham e 401 estudam

Dos 9.848 presos no Rio Grande do Norte, apenas 346 trabalham e 401 estudam. Os números são do Governo do Estado e foram levantados pelo G1, dentro do Monitor da Violência, parceira com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

O total representa 3,5% dos que trabalham e 4,1% dos que estudam. Apesar de haver atualmente 9.848 presos no estado, são 5.762 vagas. Dessa maneira, atualmente existem 53% presidiários a mais do que o que cabe nas penitenciárias do Rio Grande do Norte.

Além disso, 34,3% dos presos é de provisórios, que ainda aguardam julgamento. A nível nacional, os detentos provisórios chegaram a representar 34,4% da massa carcerária há um ano, e agora correspondem a 35,6%.

Ainda de acordo com a pesquisa, no Brasil, menos de um em cada cinco presos (18,9%) trabalha hoje no país. O percentual de presos que estudam é ainda menor: 12,6%. Levando em conta os 737.892 presos do sistema (incluindo os em regime aberto), 139.511 exercem algum tipo de atividade laboral, o que representa 18,9%. São 92.945 os que estudam.

O Ceará é o estado com o menor percentual de presos trabalhando: apenas 1,4%. O Rio de Janeiro aparece logo depois: 1,7%. Já Sergipe é o que possui o maior contingente exercendo alguma atividade: 37,2%.

O Paraná é um dos estados com o maior percentual de presos que estudam (36,3%) e que trabalham (30,7%).

Os dados, coletados junto aos governos dos 26 estados e do Distrito Federal, expõem uma das principais falhas no sistema penitenciário: a da ressocialização dos presos no Brasil.

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