Marcos Santos/Da Redação
Enquanto o futebol moderno pede mais investimento nas categorias de base para o aproveitamento ao máximo de atletas da casa a fim de reduzir a importação de jogadores e evitar grandes gastos, o Potiguar vai na contramão dessa realidade.
De dezembro de 2016 para cá, em apenas seis meses, o clube mossoroense contratou 73 jogadores, teve 9 atletas amadores e trouxe quatro treinadores diferentes para duas competições: o Campeonato Estadual e a Série D do Brasileiro. Uma carrada de contratações, que provocou uma grana considerável para um clube mediano no estado, o que também revela desorganização e falta planejamento em seu departamento de futebol profissional.
No Estadual, só com a folha de pagamento dos jogadores, sem somar as despesas da Casa do Atleta, o clube gastou R$ 240 mil e mais R$ 26 mil com a transferência de atletas advindos de outros centros. O detalhe é que o valor gasto com essas transferências representou pouco mais da metade da folha do time no 1.º turno, que era de R$ 50 mil – no 2.º turno, com novas contratações, subiu para R$ 70 mil.
Na Série D, o clube gastou pouco com a folha do time, apenas R$ 30 mil, porque o salário e a transferência de atletas, em sua boa parte, foram pagos por empresários/parceiros, além de doações da Federação Estadual de Futebol.
No entanto, as contas não estão em dia. O Potiguar ainda deve uma parte da última folha de pagamento da equipe referente ao Estadual. Segundo os dirigentes, esse atraso se deu por conta do adiamento do repasse da Prefeitura sobre o patrocínio ao Campeonato Estadual.
Quando zerar as contas, o clube terá investido pouco mais de R$ 300 mil no futebol profissional em apenas seis meses em atividade num momento em que a crise assola todos os segmentos do país. Um valor que poderia cair consideravelmente se o clube tivesse tido um trabalho continuado e de valorização com a prata da casa.
Aliás, essa estratégia de valorizar a base para diminuir os gastos, vislumbrando receita futura com possível venda de passe do atleta formado em casa, é utilizada pelos clubes há tempos. Mas, no Potiguar, esse planejamento é ignorado.
RESULTADO PÍFIO
Esse investimento no futebol profissional, que é muito para quem não tem receitas fixas durante o ano, é o caso do Potiguar, não refletiu positivamente dentro de campo, porque na Série D do Brasileiro o alvirrubro não conseguiu vencer sequer um jogo dos 6 realizados, caindo ainda na 1.ª fase.
No Estadual, o time chegou a disputar o 2.º turno, mas acabou sendo presa fácil para o ABC, perdendo os dois jogos por 4x0 e 2x1.
Confira, a seguir, os atletas e treinadores que passaram pelo Potiguar em apenas 6 meses em atividade:
TREINADORES
Zé Roberto
Dario Lourenço
Emanoel Sacramento
Pedrinho Albuquerque
JOGADORES PROFISSIONAIS
GOLEIROS – Rafael Dida, Yuri, Rafael Betiol, Guilherme Araújo, Ronaldo Maranhão, Milton Boqueirão e Maílson.
ZAGUEIROS – Cláudio Baiano, Luiz Alberto, Rummenigg, Marinho, Joseph, Lucas Cunha, Arthur Potiguar, André, Lua Clayton, Fernando Andrade, Fábio Silva, Romeu, Nicollas, Luan Natal.
LATERAIS – Lucas Marques, Glaubinho, Augusto, Léo Cunha, Julio César, Celso Junior, Gustavo Henrique, Samuel, Gleryston.
VOLANTES – Sidney, Jozicley, Batata, Fernandes, Jackson, Rafael Potiguar, Jonathan, Aleff, Léo Gaúcho, Hidalgo, Lozano e Murilo.
MEIAS – Lucas Viccari, Lucy Junior, Giovanni, Diego Upanema, Ciel, Marcio Tarrafas, Luan, Chris, Cabañas, Emerson Sales, Dudu, Titico Cearense e Ila.
ATACANTES – Ruan Carlos, Isarel, Cleyton Junior, Hugo, Ju, Du Paraiba, Sampaio, Robert, Wellington Sabão, Dedé Macaíba, Gaúcho, Guilherme, Clebinho, Lucácio, Gustavo Cearense, Igor, Leozinho, Edson Capacete.
ATLETAS AMADORES
GOLEIRO – Matheus
ZAGUEIROS – Felipe Alves e Filipe Eloi
LATERAL – Ramon
VOLANTE – Lucas Góis
MEIAS – Elias, Jefinho e Mikael
ATACANTE – Thiago
Tags:
O Blog Gol de Placa é de responsabilidade da Editoria de Esportes do Jornal de Fato. Tem a missão de fazer a cobertura em tempo real do esporte local, estadual, nacional e internacional.