Por Marcos Santos - JORNAL DE FATO
O presidente do Potiguar, Marco Fernandes, mostrou arrependimento por ter feito parceria com empresários de futebol no Campeonato Estadual e também na Série D do Brasileiro deste ano.
Segundo o dirigente, esses empresários não contribuíram, somente atrapalharam a vida do clube.
“Se eu tivesse uma bolinha de cristal, eu não tinha feito parceria com nenhum empresário de futebol. Tinha feito o trabalho entre nós mesmos (diretoria), sem a interferência deles, que vieram para atrapalhar”, afirmou Marco em entrevista ao repórter Pádua Junior, da Rádio Difusora.
O dirigente evitou citar nomes dos empresários, mas ele se referiu a Zé Carlos, que esteve no clube no começo do Campeonato Estadual, e Matheus Reis, que chegou para a Série D do Brasileiro. Ambos passaram pouco tempo, sendo que o primeiro ainda deixou um débito para a diretoria resolver.
Outro arrependimento de Marco como presidente alvirrubro foi anunciar a demissão do técnico Emanoel Sacramento durante o segundo turno do Campeonato Estadual. Segundo o dirigente, foi uma decisão equivocada da diretoria.
“Eu não dispensaria o Emanoel Sacramento após aquele jogo com o Alecrim; tinha dado a ele mais uma chance, porque talvez ele tivesse conseguido o ponto que o clube precisava para ir para a Copa do Brasil e assim a gente não estaria mendigando por dinheiro como está acontecendo agora, pois tínhamos o recurso para colocarmos o time no Campeonato Estadual”, comentou.
Marco entende que a decisão deveria ser somente do presidente e assim ele teria bancado a permanência de Sacramento, mas como não era, teve então que concordar, em parte, com o que decidiu os demais dirigentes.
“Não tenho aquela condição (financeira) que tinha em 2006, por isso as decisões eram tomadas em conjunto e assim as aceitei. Nesse caso, também tenho culpa com o que foi definido”, disse.
Sobre o seu futuro dentro do clube, Marco Fernandes afirmou que resolve nesta sexta-feira se renuncia ou não o cargo de presidente. Renunciando e não aparecendo ninguém para “tocar o barco”, ele adiantou que entregará uma carta à Federação solicitando o licenciamento do Campeonato Estadual.
Com o clube sem perspectivas de receitas confiáveis para 2018, com contas a pagar da atual temporada e ainda com o afastamento de muitos abnegados, Marco se vê incapaz de encontrar uma saída.
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