Advogado José Vanildo está há uma década no cargo de presidente e não deseja transferir o cargo tão cedo
A Federação Norte-riograndense de Futebol (FNF) chega hoje (14) aos 99 anos de fundação, com muita história a contar, mas também a lamentar.
A entidade máxima do futebol potiguar foi fundada em 14 de julho de 1918, com nome de Liga de Desportos Terrestres do Rio Grande do Norte, no camarote do comandante do encouraçado Deodoro.
Ressalte-se a luta de abnegados como o tenente Aníbal Leite Ribeiro, Afonso Monteiro Chaves e Emanuel Murtinho Braga.
Ao longo de quase 100 anos a FNF foi responsável pelo crescimento do futebol do RN, é verdade, mas também serviu de abrigo para muita gente com interesses outros.
Nas últimas décadas, a entidade se transformou em objeto pessoal de quem tomou “posse” e não quer sair.
O atual presidente, advogado José Vanilde, vai completar 10 anos no cargo, chegando o absurdo de ter renovado o mandato, em 2013, por seis anos, indo até 2019.
O pior: ele dirige a FNF como se fosse dono, não prestando contas, nem dando ouvido às denúncias que pipocam.
O presidente de honra do Globo, de Ceará-Mirim, Marcone Barreto, fez denúncia grave de possível desvio de recursos na entidade e disse que iria apresentar o caso à CPI da Bola, em Brasília.
O dirigente se irritou com a falta de transparência que, de fato, existe. Por exemplo: ninguém sabe quanto a emissora de televisão que detém os direitos de imagem do Campeonato Estadual paga para os clubes. José Vanilde não revela, nem os dirigentes dos clubes. Trata-se de verdadeira “caixa-preta” que precisa ser aberta.
De qualquer forma, a FNF sobrevive e tem história para contar. Além de vida longa pela frente.
Parábens.
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