Domingo, 24 de novembro de 2024

Postado às 09h15 | 20 Fev 2018 | Redação Era uma vez

Crédito da foto: Reprodução No primeiro Potiguar do ano o placar terminou zero a zero no Estádio Nogueirão

Já se foi o tempo que Potiguar e Baraúnas batiam de frente com ABC e América. Era Mossoró X Natal no futebol. A capital levava a vantagem, os números comprovam isso, mas a dupla natalense temia a dupla mossoroense. Naquela época, times como Corínthians (Caicó), Potyguar (Currais Novos), Macau, eram apenas coadjuvantes.

Coisa do passado.

Agora, Potiguar e Baraúnas saíram do retrovisor de ABC e América. Desceram para segunda classe e passaram a encarar times menores, sem tradição, como Globo, Assú e o novato Santa Cruz. Pior do que isso: viraram freguês desse grupo.

Veja a classificação final da Taça Cidade do Natal, o 1º turno do Campeonato Estadual 2018:

O Potiguar terminou em sexto lugar entre os oito times participantes, ficando atrás de ABC (campeão), América, Santa Cruz, Assú e Globo.

E o Baraúnas, decepcionante, encerrou a sua participação segurando a lanterna, sem ter vencido ninguém, e marcado apenas 1 ponto, justamente no empate com o Potiguar.

Pior ainda: o tricolor mossoroense ficou atrás do Força e Luz, que entrou na competição para ser saco de pancadas. E marcou apenas 1 gol, depois de 645 minutos de bola rolando.

Esse é o retrato do futebol de Mossoró. O retrato do fim, reconheça-se.

Não adianta chorar que não tem apoio do cofre público e da iniciativa privada. O problema não mora aí. O caos é consequência da incapacidade dos dois clubes, conduzidos por dirigentes amadores, sem mínimas condições de gerir o futebol profissional.

No duro, Potiguar e Baraúnas são amadores disputando campeonato de profissionais. Formam os times para disputar a competição, assim como acontece com agremiações suburbanas da cidade, e ao término da campeonato jogam as camisetas no baú para retirá-las no ano seguinte.

É preciso entender, de uma vez por todas, que futebol não é uma atividade filantrópica, sustentada por ajudas, vivendo de solidariedade. Não cabe o pires nas mãos ou a sacola passando no mercado da Cobal para arrecadar alimentos para os jogadores. Isso não existe. É absurdo.

Futebol se faz com dinheiro, muito dinheiro, diga-se. É um esporte caro. Portanto, sem o “cacau” no bolso não tem como fazer futebol.

Passou da hora de encarar a situação de Potiguar e Baraúnas de forma clara e direta. Sem passionalidade. Como clubes, deixaram de existir. Sobrou apenas a história que ainda sustenta a dupla em campo. De resto, a decepção ao sofrido e apaixonado torcedor mossoroense.

Infelizmente.

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