Quinta-Feira, 26 de dezembro de 2024

Postado às 20h15 | 14 Jul 2017 | Benedito Ferreira Neto Para onde ir à noite em Mossoró? Essa é uma pergunta difícil! Veja:

Crédito da foto: Foto cedida (Google)

Volta e meia, o público mossoroense se vê debatendo para onde ir durante a noite. Há quem diga que a cidade possui inúmeros roteiros de diversão e lazer. A maioria, porém, reconhece que exista pouca originalidade nesses programas, principalmente para quem procura o agito e a balada dos finais de semana. 

Nos últimos anos, o "boom" dos barzinhos gourmet, quase sempre resguardando poucos diferenciais entre si, acabou por trazer quase todos esses estabelecimentos para o centro da cidade. Alguns continuaram em locais mais reservados e a lei do setor fizeram-lhes fechar as portas. Os que já estavam ou chegaram ao centro, por sua vez, caíram na armadilha da homogeneização do serviço que oferecem, trazendo sempre canções de um mesmo ritmo interpretadas pelas mesmas vozes, com raras exceções.

Em época de recessão econômica e altos custos imobiliários, o empresariado se viu atrofiado diante da possibilidade de diminuir o preço das bebidas e não titubeou na hora de precificar a cerveja a níveis mais altos, cobrar couvert, taxas de serviços e outras cobranças comuns do setor. Isso teve um custo empresarial pago com "sangue vivo": antigos clientes não são mais potenciais consumidores de barzinhos e preferem ir à Praça da Convivência ou reservar programas caseiros entre amigos.

A saída é RETROCEDER, reduzir preço para ampliar faturamento. Embora muitos ainda estejam se sustentando economicamente, é provável que a dinâmica do nicho selecione para vivência apenas os mais robustos. Não se sabe ao certo quando, mas é consenso que a população mossoroense se deu conta de que os programas que a cidade oferece nos finais de semana já não condizem mais com a realidade da maioria. E a maioria tem sede de coisa nova, de preço acessível.

Para onde ir nos finais de semana em Mossoró é uma pergunta difícil porque os barzinhos mossoroenses não estão mais conseguindo atender com êxito parte da classe média, que está fugindo do "programinha" do sábado que custa em média R$ 70,00. Esses locais não se sustentam apenas às custas da classe A. Verdade seja dita: se quer sair para balada e agito, prepara o bolso e fica aflito!

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