Ao som de ondas quebrando, o álbum começa com uma anunciação: Sete vezes eu morri / Sete vezes eu renasço [...] / E me dano pelo mundo a procurar os olhos do meu amado / Com força, amor e fé / E meu corpo fechado.
A invasão de ritmos não explorados em Eu vou fazer uma macumba pra te amarrar, maldito! (2015) e Roquestar (2012), se fez presente neste álbum, desde a sonoridade vigorosa e pouco comum de Touro, se fazendo firme e forte feito um touro, até o samba tradicionalmente carioca trazendo a dor do coração partido em Eu não sou seu lixo, que arremeta um grito de lamento e desabafo De que adianta ser lindo por fora / E horrível por dentro?
O amor explorado em Coração toma as mais diversas formas, assim como os ritmos que o acompanham, do romantismo à fossa é a ladeira que desceremos, a partir da transição de faixas com batidas mais animadas para o breu de um coração inundado de carência e página virada.
Há também a consagração do amor liberto das convenções sociais, Flutua questiona a necessidade de esconder o amor quando Somos dois homens e nada mais e manda o recado: Ninguém vai poder querer nos dizer como amar.
Além disso, Hooker homenageia em seu disco Caetano Veloso, com Caetano, e David Bowie, com Poeira nas Estrelas, conta também com participações de outros artistas como Gaby Amarantos, no tecnobrega Corpo Fechado, e Liniker, com Flutua.
O lançamento do disco será dia 06 de agosto, na data do seu aniversário, em show gratuito em Recife no Parque Dona Lindu.
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