A cientista Joana D’Arc Félix de Sousa conta a sua história de vida e superação em três capitais brasileiras: Fortaleza, Natal e Rio de Janeiro, dentro das manifestações do mês da mulher.
Em Natal, a palestra será apresentada no dia 25, no Teatro Riachuelo, às 20h30.
Aos 53 anos, Joana já possui 103 prêmios por suas pesquisas, dentre eles o “Personalidade 2017” do Prêmio Faz Diferença, concedido pelo Jornal O Globo, em 2018.
Filha de uma empregada doméstica e de um funcionário de curtume, em Franca, no interior de São Paulo, Joana enfrentou a fome, a falta de estrutura e o preconceito. Ainda pequena ela precisou enfrentar as dificuldades sozinha: quando seu único sapato do ano rasgou, no primário, os colegas viram o plástico que cobria o buraco na sola. Quieta, enfrentou as risadas.
Na adolescência, ouviu da mãe de uma colega de turma que, por ser negra, deveria utilizar a entrada de serviço do prédio. Não chorou, mas foi embora.
Sua inteligência e dedicação mostraram resultados logo cedo. Aos 14 anos foi estudar Química na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Morou sozinha em um pensionato. No começo, a única refeição que tinha era o almoço na universidade.
Desistir nunca foi uma opção para Joana. Ganhou asas e partiu para os Estados Unidos. Aos 25 anos, era PhD em Química pela Universidade Harvard.
Desde 2004, faz pesquisa de ponta com alunos da Escola Agrícola de Franca, onde é professora e coordena o curso técnico de curtimento. Correu atrás de bolsas de iniciação científica para os estudantes e, com eles, registrou 15 patentes nacionais e internacionais.
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