Os bancos de sangue deverão perguntar se o doador teve sintomas ou diagnóstico anterior de zika ou chikungunya. A nova orientação foi determinada em uma nota técnica assinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde. A medida foi anunciada na noite desta segunda-feira, 12.
Isso significa que os doadores passarão, a partir de agora, por triagem clínica de uma das doenças.
A recomendação se baseia no fato de que existem evidências de que o vírus da zika pode ser transmitido por transfusão de sangue, apesar de a principal forma de transmissão ser a picada do mosquito infectado. No caso da chikungunya, apesar de não existirem evidências de transmissão por transfusão, também não é possível determinar se o procedimento é seguro.
Segundo a nova orientação, os candidatos a doar sangue que foram diagnosticados clinica ou laboratorialmente com zika ou chikungunya não poderão doar por um período de 30 dias após a recuperação completa.
Já aqueles que tiveram contato sexual com alguém diagnosticado com zika nos últimos 90 dias deverão esperar ao menos 30 dias após o último contato sexual para doarem sangue.
Os que são de regiões endêmicas para chikungunya ou que tenham visitado essas regiões também deverão aguardar 30 dias para doar sangue.
A nota acrescenta que os serviços de hemoterapia devem estar atentos aos sintomas das duas doenças e os doadores devem ser instruídos a, caso tenham sintomas das doenças até 14 dias após a transfusão, comuniquem o serviço.
A nota, porém, não determina que o sangue do doador seja testado para as doenças.
Acesse a Nota Técnica com os critérios de triagem de doadores de sangue para vírus Zika e Chikungunya
Tags: