A ocorrência dos caboclinhos se estende por PE, AL, RN e MG
Cultura presente em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Minas Gerais, os caboclinhos foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na última quinta-feira, 24.
Expressão da cultura popular de tradição centenária, sobretudo em Pernambuco, os caboclinhos são classificados pelos brincantes como uma homenagem aos primeiros habitantes do território que veio a se chamar Brasil.
Os grupos – alguns com mais de 100 anos e ainda ativos – apresentam-se nas ruas, principalmente no carnaval, vestidos com penas e pedrarias, em uma releitura carnavalesca dos trajes indígenas tradicionais, e dançam com agilidade os diferentes toques que representam temas de rituais da população indígena.
Como o nome indica, a reverência ao caboclo (tanto o brasileiro filho de índio e branco como a entidade presente na umbanda, por exemplo) está presente na brincadeira, assim como o culto à Jurema, árvore nativa do Norte e do Nordeste do Brasil considerada sagrada e base de um chá usado em rituais. A brincadeira também tem referência na colonização do território brasileiro.
Os instrumentos musicais são outra singularidade da expressão cultural, sendo o caracaxá e a preaca (adereço/instrumento musical, em forma de arco e flecha), por exemplo, exclusivos dos caboclinhos.
A dança, cujo movimento básico se denomina “manobra”, é executada pelos participantes, que se apresentam, geralmente, em duas filas, cada um deles portando uma preaca, também denominado brecha ou flecha.
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